Hamilton Ferrari
postado em 22/10/2018 13:27
O presidente do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais (Coptrel), Márcio Vidal, disse que, apesar de as fake news serem previstas antes das eleições, não era esperado que o processo eleitoral seria uma vítima das informações falsas. Ele se reuniu na manhã desta segunda-feira (22/10) com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber.
O encontro foi agendado para discutir as medidas para organização e logística do segundo turno das eleições, que ocorrerá no próximo domingo (28/10). Todos os presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais estavam presentes, com exceção do estado de Sergipe, que não pode participar. Durante entrevista com jornalistas, o presidente da Coptrel ressaltou que o processo eleitoral é seguro, apesar dos questionamentos.
;Era previsível (fake news)? Sim. Só que não esperávamos que fosse nós, em certo momento, fôssemos vítimas dessa fake news, quando se colocou em dúvida a lisura da urna eletrônica. Isso, até de certa forma, até foi positivo porque é um instrumento tecnológico que está há mais de 20 anos em atividade e não se tem notícia de qualquer tipo de irregularidade e que nesse momento propiciou a Justiça Eleitoral demonstrar que ela é confiável;, ressaltou Vidal.
Segundo ele, porém, as fake news são difíceis de serem solucionadas. ;Nós estamos vendo, em grande massa, a formação de uma sociedade digital. Isso em toda parte do mundo. Todos os países que recentemente realizaram o processo eleitoral se depararam com o problema. Tanto que, o presidente da França, , criou uma pasta específica para combater as fake news. Hoje, infelizmente, não se há uma forma para se controlar, porque se for controlar vão falar que nós estamos fazendo censura e liberdade de expressão;, afirmou o presidente da Coptrel.
Vital ressaltou que, em um determinado momento, haverá um certo ;equilíbrio; na relação de expressão e com aquilo que é realmente ;útil; para a sociedade. A reunião com os presidentes dos TREs ainda ocorria por volta de 13h30. Os estados apresentaram suas propostas para melhorias na logística e organização. As reivindicações foram separadas por regiões. ;Nós estamos nas vésperas do segundo turno, então, situações que ocorreram no primeiro turno nós estamos reunidos para dialogar e corrigir alguns equívocos: aqueles que são possíveis corrigir neste momento;, declarou o presidente da Coptrel.
Mais servidores
Vidal exemplificou a falta de logística, que resultou em filas ;enormes;. ;Estamos buscando corrigir essa situação, colocando mais servidores da Justiça Eleitoral e voluntários para auxiliar os trabalhos;, disse. O presidente da Coptrel não sou estimar, porém, qual será o número de pessoas em todo o país. De acordo com ele, a definição depende de cada Tribunal Regional Eleitoral.
Vidal ressaltou ainda que a biometria ;não tem nada a ver; com a urna eletrônica. ;Ela tem como objetivo identificar com segurança o cidadão eleitor. Antes da biometria e com ela se chegou a alguns casos gritantes de um eleitor que tinha 54 títulos de eleitor. Então isso, em tese, votava 54 vezes. E tantos outros. Então, é um instrumento que objetiva propiciar uma segurança para todos. É óbvio que nesse primeiro momento, com a série de dados. Tivemos certa dificuldade com o aparelho de coleta dessa biometria, mas isso a Justiça Eleitoral vai corrigir ao longo do tempo;, apontou.