Agência Estado
postado em 28/10/2018 08:46
Após governar Minas entre 2010 e 2014, Antonio Anastasia (PSDB) pretende fazer uma nova gestão que recupere as finanças do Estado e salde as dívidas, principalmente com os municípios. O sr. foi governador entre 2010 e 2014. Qual será a diferença desta nova gestão, caso seja eleito?
Será uma administração totalmente técnica, aproveitando bons quadros efetivos que o Estado possui, com secretários de origem técnica. E vamos basear nossas políticas públicas nos ciclos da vida, com programas destinados a infância, adolescência, juventude, idade adulta e idosos. Se adotarmos esse modelo inovador, vamos economizar, otimizar recursos, melhorar a gestão e a prestação dos serviços públicos.
Falou-se durante a campanha sobre uma possível interferência do senador Aécio Neves em seu governo caso o sr. seja eleito. Como avalia esses comentários?
Meu adversário diz que gostaria de discutir propostas, mas parece fissurado no Aécio. O senador Aécio Neves, como já repeti reiteradas vezes, não fará parte do meu governo. Nem ele nem ninguém de sua família. Aécio foi eleito deputado federal e deverá cumprir seu papel no Congresso Nacional.
Um dos maiores problemas de Minas é a crise econômica, já que o Estado vem acumulando consecutivos déficits. Quais medidas o sr. pretende tomar para resolver a crise?
Teremos duas frentes de ação com o objetivo de reduzir despesas e aumentar receita. Na redução das despesas, vamos cortar secretarias de forma drástica, teremos 12 pastas, sem comprometer o atendimento em áreas prioritárias como Educação, Saúde e Segurança. Vamos cortar cargos comissionados e desperdícios. De forma concomitante, vamos sentar para renegociar as dívidas, resgatar a credibilidade que Minas perdeu.
As propostas para a Saúde estiveram no centro dos debates. O que o sr. pretende fazer para essa área?
Diferentemente do meu adversário, que propõe privatizar o atendimento na Saúde, nossas primeiras iniciativas serão normalizar os repasses dessa área para os municípios. O Sistema Único de Saúde foi concebido para funcionar em um tripé, com recursos da União, dos Estados e dos municípios. A quase totalidade da execução é feita pelos municípios. Ao deixar de transferir os recursos, a dívida hoje do Estado com as prefeituras nessa área é de cerca de R$ 4 bilhões, uma perna do tripé desapareceu. Já assumi também o compromisso de somente iniciar novas obras após finalizar aquelas que estão paradas. Nessa lógica, os hospitais regionais são prioritários. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.