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Vitória de Bolsonaro: imprensa internacional repercute eleição presidencial

The Washington Post, New York Times, El Pais, Financial Times, Clarín e Le Monde são alguns dos veículos que noticiaram as eleições para presidente do Brasil neste domingo (28/10)

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 28/10/2018 21:11
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A eleição do capitão da reserva Jair Bolsonaro (PSL) neste domingo (28/10) repercutiu na mídia internacional. Com 99,88% das urnas apuradas, o candidato do PSL recebeu 55,1% dos votos válidos contra 44,9% do adversário Fernando Haddad (PT). Em números absolutos, Bolsonaro recebeu 57.765.131 votos até a última atualização desta reportagem e Haddad teve 46.969.763.

Com o avanço das apurações, os portais dos principais jornais internacionais deram destaque na capa para o pleito brasileiro.

Para o The New York Times, o Brasil se aproximou da extrema direita "elegendo um populista estridente como presidente na mudança política mais radical do país desde que a democracia foi restaurada há mais de 30 anos."

O jornal argentino Clarín dedicou a manchete e todo o topo da capa para a cobertura das eleições brasileiras. O veículo classifica Bolsonaro como um candidato de direita que promete "mudar o destino do Brasil" e destacou a campanha marcada pelo ataque a corrupção e aos governos petistas.

Relembrou também que o presidente eleito defende os governos militares da ditadura e que a agenda económica liberal é liderada pelo guru Paulo Guedes, ministro da Fazenda a partir de 2019.

O norte-americano Washington Post tratou Bolsonaro como "populista renegado" e escreveu que as eleições marcam a "mudança mais dramática à direita da América do Sul desde o fim das ditaduras militares e da guerra fria".

Em sua versão para a América, o espanhol El Pais publicou uma imagem de apoiadores de Bolsonaro com um caixão com as iniciais do Partido dos Trabalhadores, acompanhado de um título informativo: "Bolsonaro ganha a Presidência do Brasil".

Crítico ao militar durante a campanha, o britânico Financial Times afirmou que os eleitores brasileiros guinaram à direita e "protestaram contra a corrupção e o declínio econômico no maior país da América Latina".

"Ultraliberal e Antissistema" é como classifica Jair Bolsonaro o francês Le Monde. A publicação apresenta também artigos de opinião sobre o lado radical e saudosista à ditadura militar do capitão reformado.

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