O futuro ministro da Defesa do governo Jair Bolsonaro, general Augusto Heleno, disse, na manhã desta quarta-feira (31/10), em entrevista à Rádio Eldorado, que é uma honra e uma realização profissional comandar essa pasta. Alertou, contudo, só poderá falar como titular do posto quando ver seu nome no Diário Oficial da União (DOU).
[SAIBAMAIS]"Tenho idade suficiente para não alimentar nada que não seja realidade ainda, prefiro que a confirmação do meu nome seja feita no DOU", disse. Heleno afirmou que tem reunião nesta quarta-feira com o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e que, na prática, a transição já começou.
Na sua avaliação, a estrutura do Ministério da Defesa é sólida e foi uma das menos afetadas pelas gestões anteriores, que classificou de "catastróficas". Indagado sobre uma questão em pauta neste pleito e após o resultado da urnas, a defesa dos direitos humanos, o general disse que hoje há uma inversão de valores nessa questão e que há muito a desejar no aspecto teórico do combate à criminalidade.
Na sua avaliação, talvez não seja necessário um ministério dos Direitos Humanos, mas uma secretaria que cuide do tema. "O assunto direitos humanos é de alta relevância, se mudar estrutura não vai mudar sua importância", emendou.
Sobre a continuidade ou não da intervenção federal no Rio de Janeiro, Heleno disse que a decisão caberá ao futuro presidente Jair Bolsonaro. Mas se disse chocado em ver criminosos exibindo armamentos de guerra em zonas urbanas e debochando dos civis.
"É preciso lei pra voltar respeito às forças legais, aí modificaremos a atitude das forças criminosas. Precisamos enfrentar com grandeza a crise ética, moral, econômica e social e sair da beira do abismo, a economia está caótica."
O general disse que já conversou com Bolsonaro sobre a importância deles serem o exemplo para o País. "Precisamos ser o exemplo, é preciso resgatar a noção da patriotismo", finalizou.