Politica

Artigo: Entre vivos e mortos

Ana Dubeux
postado em 04/11/2018 18:28

Sabemos todos que a morte é uma consequência da vida, uma etapa que encerra o ciclo de um ser humano por essas bandas aqui. O que fazemos durante esta passagem na Terra é a nossa verdadeira herança para quem amamos e para as futuras gerações que habitarão este vasto mundo. Na semana em que honramos os nossos antepassados e parentes queridos que já partiram, é importante lembrar também as lições que deixaram.


Generosidade, gentileza, solidariedade, afeto e amor ao próximo são um legado dos meus que guardo comigo. Em tempo de profundas mudanças, como esse de eleições, quando o país e a cidade parecem morrer de um jeito para renascer de outro, tento me agarrar a essas boas características de meus antepassados para construir algo que me é caro: esperança. Esta não pode morrer.

De certa forma, o Brasil morreu; Brasília morreu. Recomeços se anunciam com as novas gestões. Novos modos de pensar e de agir. Das urnas, não sai apenas um veredito. Não saem apenas nomes que estarão à frente de governos. Do resultado das eleições, a depender das escolhas pessoais, saem boas ou más expectativas; sai alívio ou frustração; sai resignação ou inconformismo; sai alegria ou tristeza. E você, como anda esse coração?

O luto, que advém com a derrota de quem foi vencido nestas eleições, é uma condição de vida. É preciso sentir e deixar vir para, depois, seguir o caminho natural de aceitação ou de oposição. De qualquer forma, tire seu momento de descanso. Nada como apaziguar a mente e o coração, respirar profundamente, libertar mágoas, se reconciliar com seus melhores sentimentos para seguir em frente.

A energia da mudança está presente. Os governos eleitos já se apressam em anunciar equipes. Tudo muito rápido e surpreendente, como dita o ritmo do tempo presente. Poder é vácuo e há pressa em preencher qualquer vazio.

Você pode aprovar ou desaprovar as decisões anunciadas e os candidatos eleitos, mas deve ter boa vontade com sua cidade e seu país. Precisamos contribuir, todos nós, para construir um ambiente de paz e prosperidade. E deixar, assim como nossos antepassados, exemplos de um convívio em harmonia. Não regue o ódio.

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