Agência Estado
postado em 12/11/2018 20:54
O ex-governador de São Paulo e presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, negou na noite desta segunda-feira, 12, que o partido dê uma guinada à direita à medida que os membros discutam o futuro da sigla.
As declarações de Alckmin se dão dias depois de uma reaproximação dele com o governador eleito de São Paulo, o tucano João Doria, que defende abertamente um alinhamento do PSDB com pautas do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL). O grupo de Doria defende que o deputado federal Bruno Araújo (PE) assuma a sigla no que vem.
"Não existe guinada à direita", rebateu Alckmin, ao ser perguntado por jornalistas sobre os rumos do partido. "O PSDB é um partido de centro. É importante para o Brasil ter um partido longe dos extremos. Um partido de centro crítico, reformista, moderno, liberal na economia."
O ex-governador também minimizou o espaço de Doria na rediscussão dos rumos do partido. "Todos os governadores eleitos são lideranças importantes e vão participar deste processo", afirmou.
Sobre o calendário das atividades partidárias, Alckmin disse que o congresso em que a sigla discutirá o futuro "provavelmente" será em março. "Nós tínhamos pensado em adiantar para fevereiro. Mas fevereiro tem carnaval, enfim. Nós vamos fazer reuniões, mas o congresso mesmo deve ser em março", afirmou, durante lançamento de livro do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.