Politica

Roberto Campos Neto é indicado como presidente do BC de Bolsonaro

Executivo do Santander é próximo ao economista Paulo Guedes e se espera que ele tenha uma gestão liberal

Renato Souza
postado em 15/11/2018 15:17
Campos Neto é próximo do economista Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, Planejamento e Indústria e Comércio
O economista Roberto Campos Neto foi escolhido pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para a presidência do Banco Central. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (15/11) pela assessoria de Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, Planejamento e Indústria e Comércio. Atualmente, Campos Neto atua como executivo do Banco Santander.

Ele é neto do ex-ministro e economista Roberto Campos, responsável pelo Planejamento no governo Castelo Branco. O avô do futuro presidente do BC foi considerado um dos maiores influenciadores do pensamento liberal do país.

Campos Neto é próximo do economista Paulo Guedes, futuro Apesar da experiência no setor privado, ele tem pouca intimidade com o serviço público. Com especialização em Finanças pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Neto ocupa cargos na diretoria do Santander há 16 anos. Atualmente, ele responde pela tesouraria do banco.

A indicação dele seria uma forma de conceder mais poder a Paulo Guedes também no Banco Central. O atual presidente da instituição, Ilan Goldfajn, informou que deixa o cargo por motivos pessoais, mas teceu elogios ao seu substituto. ;Profissional experiente e reconhecido, com ampla visão sobre o sistema financeiro e a economia nacional e internacional, Roberto Campos Neto conta com seu apoio e sua confiança no futuro trabalho à frente do BC;, disse, em nota.

Tesouro Nacional


Além de escolher o indicado ao Banco Central, o presidente Jair Bolsonaro também decidiu que o economista Mansueto Almeida será indicado para permanecer no cargo de Secretário do Tesouro Nacional, posto que ele ocupa desde abril deste ano.

Ao contrário de Neto, Mansueto tem larga experiência no setor público. Ele ocupou funções no Ipea e no Ministério da Fazenda. É mestre em Economia pela USP e cursou doutorado em Políticas Públicas no MIT.

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