Politica

Novacki: Tereza Cristina deve dar continuidade a programas da Agricultura

O secretário-executivo do Ministério da Agricultura sairá da pasta para assumir a Casa Civil do Distrito Federal

Hamilton Ferrari
postado em 19/11/2018 17:24
Eumar Novacki
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, disse que, após duas reuniões com a futura comandante da pasta, Tereza Cristina, ela sinalizou que deve dar continuidade aos programas adotados pela atual gestão. A declaração foi dada durante entrevista a jornalista na tarde desta segunda-feira (19/11).

Novacki está de saída do governo federal para assumir a Casa Civil do Distrito Federal. Segundo ele, Tereza Cristina se comprometeu a dar continuidade ao programa Agro%2b, que teve como objetivo desburocratizar o setor. Novacki afirmou que se reuniu em duas ocasiões com a futura ministra da Agricultura, Tereza Cristina, após sua nomeação, sendo que, em uma delas, o atual comandante da pasta, Blairo Maggi, participou. ;Nós fizemos questão de passar nossos projetos prioritários, como o Agro . Nós já resolvemos mais de 1.100 problemas apresentados pelo setor produtivo na questão da burocracia;, apontou.

De acordo com ele, a gestão atual da pasta as medidas ajudaram para reduzir o custo dos produtores em torno de R$ 2 a R$ 2,5 bilhões. ;Alguns casos simples: a temperatura de congelamento da carne suína é de -12 graus no mundo todo e, no Brasil, era -18 graus, sem nenhum embasamento técnico. Mudamos para o padrão internacional. Foram algo em torno de R$ 200 milhões economizados em um ano apenas com essa medida;, exemplificou o secretário executivo.

Nos últimos anos, o setor produtivo e o Ministério da Agricultura foram alvo de operações de fiscalização, como a Carne Fraca, que repercutiu em todo o mundo e prejudicou as exportações do Brasil. Novacki citou que a gestão atual desenvolveu o Agro Integridade que é um programa de ;compliance; da pasta. ;É um programa de anticorrupção;, disse. ;O ministério implementou isso com o objetivo de mapear as áreas de vulnerabilidade a fraudes.

;O ministério passou por um período ruim que começou com a operação Carne Fraca;, afirmou. ;Instauramos auditorias nas plantas frigoríficas e queremos entregar já o resultado disso para a nova ministra;, completou o secretário executivo.

Novacki alegou ainda que está um decreto já pronto está sendo avaliado pela Casa Civil para criar um fundo financiado pelo setor privado. Na ação, o Ministério da Agricultura escolheria auxiliares no processo de inspeção animal para serem contratados na fiscalização dos frigoríficos. Segundo Novacki, o decreto prevê que esses auxiliares serão credenciados pelo ministério e financiados por um fundo abastecido pela própria iniciativa privada, ou seja, pelos frigoríficos. ;Estamos nos últimos ajustes com a Casa Civil para deixar pronto para a nova ministra;, afirmou.

Meio Ambiente

Novacki também criticou a proposta inicial do presidente eleito Jair Bolsonaro em juntar os ministérios do Meio Ambiente e Agricultura. Na interpretação dele, o preocupação maior era a visibilidade que o Brasil teria nos mercados. ;O maior ativo que nós temos hoje é o meio ambiente, a área preservada no Brasil. Seria visto como um retrocesso na área ambiental;, disse.

De acordo com ele, o país reserva 66% do território nacional a floresta nativa, sendo que 25% disso está dentro das propriedades rurais. ;Esse ativo ninguém tem;, ressaltou. Por conta das declarações de Bolsonaro, Novacki ressaltou que houve uma ;inquietação geral; de outros países, mas nenhum se posicionou oficialmente.

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