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Bolsonaro atende frente parlamentar pela 2ª vez e coloca deputado na Saúde

Mandetta é o terceiro parlamentar do DEM entre os 11 nomes já confirmados por Bolsonaro para compor o primeiro escalão a partir de janeiro

, o presidente eleito precisou sair em defesa do deputado. Ex-secretário de Saúde, o futuro ministro é investigado por suposta fraude em licitação, tráfico de influência e caixa 2 em contrato para implementar um sistema de informatização em Campo Grande.

"Tinha uma só investigação contra ele, que é de 2009, se não me engano. Não deu nenhum passo esse processo. Ele nem é réu ainda. O que está acertado entre nós: qualquer denúncia ou acusação que vier robusta não fará parte do nosso governo."

A escolha do deputado também seguiu a estratégia de tentar levar o DEM para a base aliada do futuro governo sem negociar com os dirigentes. Em nenhuma das três indicações, Bolsonaro consultou o presidente nacional da sigla, ACM Neto, e o da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). "O partido não impõe dificuldade ou veto aos nomes, mas não são indicações partidárias. E isso também não significa que o partido está na base do governo", disse nesta terça-feira, 20, ACM Neto à reportagem.

Perfil


Médico ortopedista, Luiz Henrique Mandetta, de 53 anos, está no segundo mandato como deputado federal e não disputou as eleições deste ano. Ele começou a contribuir com a campanha de Jair Bolsonaro ainda em março, quando foi procurado para ajudar a traçar um diagnóstico da saúde no Brasil.

A relação entre os dois, porém, é mais antiga. Vizinhos de gabinete na Câmara, Bolsonaro e Mandetta ficaram amigos ao longo dos anos de trabalho no Congresso. Pessoas próximas relatam que Bolsonaro sempre consultava o deputado do DEM sobre as votações em curso no plenário.

Mandetta é investigado por suspeita de caixa 2, tráfico de influência e fraude na licitação de sistema de informatização de saúde em Campo Grande (MS), onde foi secretário municipal da área. Questionado, disse não ser réu em nenhum processo. "Não tenho ainda condição nem de saber quais são as eventuais culpabilidades impostas a mim", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.