Rodolfo Costa , Lucas Valença - Especial para o Correio
postado em 26/11/2018 14:55
O futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, anunciou que a pasta contará com um departamento específico para ordenar um trabalho conjunto entre as polícias federal e estaduais. A responsabilidade ficará a cargo do delegado Rosalvo Ferreira, ex-superintendente da Polícia Federal (PF) no Paraná, que será titular da chamada Secretaria de Operações Policiais Integradas.
O auxiliar do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), anunciou, também, que o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) será chefiado pelo delegado-chefe da PF em Foz do Iguaçu (PR), Fabiano Bordignon.
A coordenação entre polícias já é feita atualmente pelo Ministério da Segurança Pública, pasta chefiada atualmente pelo ministro Raul Jungmann. No entendimento de Moro, ter uma secretaria é oportuno. Ferreira coordenará não somente polícias estaduais, como de outros órgãos. ;Claro que sempre respeitando as autonomias das polícias;, sustentou.
O futuro titular do Depen também terá uma função estratégica, ressaltou Moro. ;Todos sabemos que os presídios constituem espécie de problemas devido à superlotação e fragilidade de certas penitenciárias. E não podemos generalizar a situação, pois dentro de um mesmo estado há condições diferentes;, alertou.
Uma das missões de Bordignon será discutir políticas que garantam a construção e mais presídios em menos tempo. ;Existem série de providências a serem tomadas para melhorar a parte estrutural;, destacou. Moro, no entanto, se recusou a responder se o governo eleito estuda Parcerias Público Privadas (PPPs) para atingir esse objetivo.
O futuro ministro reconhece que havia uma pressão para que o próximo chefe do Depen fosse algum integrante da carreira. Mas garantiu que agentes penitenciários terão papel importante dentro da organização. ;Tive a oportunidade de trabalhar com Bordignon e é uma pessoa qualificada para exercer a função;, ponderou Moro. Para ele, o escolhido oferecerá contribuição para o fortalecimento dos presídios estaduais e federais.