O ministro extraordinário da transição de governo, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta quarta-feira (28/11), que o futuro governo de Jair Bolsonaro terá um foco na desburocratização do Estado e na melhora do ambiente empresarial para fomentar o empreendedorismo.
"Esse País precisa ser simplificado, desamarrado e temos que fazer com que o brasileiro não tema o empreender", disse, ressaltando a necessidade de haver previsibilidade no ambiente de negócios. Onyx afirmou ainda que o País precisa recuperar a confiança interna e, principalmente, externa.
Por ser o indicado por Bolsonaro para assumir a Casa Civil a partir do ano que vem, Onyx foi convidado para participar da 48; reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do governo, chamado de Conselhão. A uma plateia de empresários, o ministro extraordinário afirmou que é preciso reduzir a estrutura governamental, mas o desafio será fazer a redução mantendo a qualidade do atendimento à população brasileira.
"Temos consciência do nosso desafio. (...) A minha presença aqui é no sentido de poder conhecer melhor o funcionamento deste conselho. Vamos ser um governo aberto com uma interlocução continuada com a sociedade brasileira", disse.
Ao iniciar sua fala, Onyx agradeceu ao presidente Michel Temer e ao atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, pela forma positiva, em sua avaliação, de como a transição entre os dois governos está sendo conduzida. "Há uma fluidez das informações", afirmou.
Segundo o futuro ministro, o próximo governo quer desenvolver uma "nova relação com a sociedade". "Onde o cidadão que nos outorga o poder, vai ao poder concedido e recebe o devido respeito e valorização. (...) Não há mais espaço para que os cidadãos não tenham clareza de que estamos todos à serviço do País", disse.
Onyx relembrou ainda a disputa eleitoral e garantiu que, apesar dos embates ideológicos que aconteceram durante as eleições, há uma "consciência de que a sociedade escolheu um caminho" e que Bolsonaro terá que "governar para todos". "Não existem dois, três Brasis. Há um Brasil só", finalizou.