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Lewandowski quer cumprimento de autorização para Lula dar entrevistas

Na decisão, afirmou que a proibição para Lula dar entrevistas não tem mais validade e, por isso, o político estaria livre para falar com jornalistas.

Agência Brasil
postado em 04/12/2018 12:00
Na decisão, Lewandowski diz que a argumentação que impedia a entrevista 'foi esvaziada' após a realização da eleição para presidente
Em despacho dessa segunda-feira (3/12), o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), quer liberar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a conceder entrevistas a veículos de comunicação. Na decisão, afirmou que a proibição para Lula dar entrevistas não tem mais validade e, por isso, o político estaria livre para falar com jornalistas.

O ministro encaminhou ao presidente do STF, ministro Dias Toffoli, duas petições para que o Supremo abra caminho para a realização de entrevistas.
Lewandowski quer que seja cumprida a liminar (decisão provisória) concedida por ele em 28 de setembro autorizando Lula a conceder entrevistas à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, e ao jornalista Florestan Fernandes. Na ocasião, a Procuradoria-Geral da República (PGR) divulgou nota afirmando que não recorreria da decisão, em respeito à liberdade de imprensa.

No entanto,, alegando que, ao falar com a imprensa, o ex-presidente poderia confundir o eleitor e causar ;desinformação; às vésperas do primeiro turno das eleições.

Numa disputa de liminares, Lewandowski, em seguida, proferiu nova decisão, reafirmando a autorização para que Lula falasse com jornalistas. Toffoli, porém, interveio,, o que nunca ocorreu.

Na decisão, Lewandowski diz que a argumentação que impedia a entrevista ;foi esvaziada; após a realização da eleição para presidente. ;Portanto, não há mais o suposto risco de interferência no pleito, pelo que cumpre restaurar, sem mais delongas, a ordem constitucional e o regime democrático que prestigia a liberdade de expressão e de imprensa;, afirmou.

O ministro quer que Toffoli considere prejudicada a decisão que impedia a entrevista de Lula, passando a valer assim a liminar que autoriza o acesso de jornalistas ao ex-presidente.

Desde 7 de abril, Lula cumpre, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, pena de 12 anos e um mês de prisão, imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4; Região (TRF4), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do triplex do Guarujá (SP).

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