Politica

Nova estrutura da Agricultura vai demandar 'muita energia', diz Maggi

No futuro governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, a pasta será comandada pela deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS)

Hamilton Ferrari
postado em 14/12/2018 12:40
O ministro ressaltou ainda que conversou com a Tereza Cristina sobre as transferências das estruturas
O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, disse que a próxima comandante da pasta, Tereza Cristina, terá grandes trabalhos para conseguir reunir as novas estruturas que vão integrar o futuro ministério. Segundo ele, a mudança vai ;demandar muita energia por parte dela;, porque é uma alteração ;complicada; e precisa ser feita com ;atenção;.

As declarações foram dadas, na manhã desta sexta-feira (14/12), durante coletiva de imprensa sobre o balanço da atual gestão no ministério. No futuro governo do presidente, eleito Jair Bolsonaro, a pasta será comandada pela deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS). A parlamentar é engenheira agrônoma e empresária, além de presidente da Frente Parlamentar de Agricultura.

O futuro governo pretende reunir áreas que atualmente estão fora do MAPA, como a agricultura familiar, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), a secretaria de assuntos fundiários, a Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (Anater) e a pesca.

;Penso eu que a futura ministra terá que tomar decisões em função do que está sendo agregado nesse ministério;, disse Maggi. ;Tem uma série de coisas que terá que ter uma atenção muito grande para fazer essa integração. A pesca passou aqui conosco algum tempo. Nós chegamos e ela ainda estava aqui. E nós não conseguimos colocar no nosso portfólio e eixo de como fazer, e quando estava quase saindo ela saiu e foi para outro lugar. Então, a volta dela vai ser mais uma vez complicada;, completou.

O ministro ressaltou ainda que conversou com a Tereza Cristina sobre as transferências das estruturas. ;Está trazendo orçamento? Está trazendo os cargos que precisam fazer com que essa secretaria funcione? Então esse é o cuidado. Ao se dedicar às muitas coisas novas que estão chegando, não pode perder o foco daquelas que estão andando para não ter uma descontinuidade;, alertou Maggi.

Ministério


Maggi alegou, porém, que a futura ministra não deve fazer grandes alterações na gestão da pasta. ;Já conversei bastante com a ministra Tereza e até disse à ela que, da forma que ela está pensando em administrar aqui, poderia já sentar aqui agora no meu período e continuar. Nós poderíamos nomear ela que não ia ter descontinuidade nas coisas que vem sendo feitas pelo ministério;, afirmou.

O ministro também fez um pedido para que Tereza dê ;continuidade; ao processo de abertura de mercados internacionais. Ele foi questionado sobre um possível alinhamento do Brasil com os Estados Unidos (EUA), deixando a China de lado. ;Essa questão do mercado internacional que tanto nós aqui trabalhamos, e que tivemos muito sucesso na abertura de novos mercados, deve continuar. Não só em abrir novos mercados, mas também em manter os mercados que nós temos;, disse.

Maggi lembrou que fez seis viagens para a China durante o período que fez enquanto ministro e que é importante manter o diálogo o país e outras nações importantes. ;Olho no olho e transmitir a eles que o nosso país quer ter eles como parceiros confiáveis;, alegou. ;A sugestão que fiz é de que logo no início de mandato fazer uma viagem para esses países, como os Árabes e a China e mais uma vez recolocar essa posição do Brasil;, acrescentou.

Além de Maggi, estavam presentes o secretário-executivo, Eumar Novacki, o secretário de Políticas Agrícolas, Wilson Vaz, o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Luiz Ribeiro e Silva, o secretário de Defesa Agropecuária, Luís Eduardo Pacifici Rangel, e o secretário de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo, José Dória.

O ministro da Agricultura ressaltou que o processo passou por um grande processo de desburocratização da pasta, principalmente com o Agro%2b e a adoção de medidas para reduzir a interferência política na inspeção de produtos, fomentada pela Operação Carne Fraca.

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