Philipe Santos*
postado em 20/12/2018 08:03
A Polícia Federal realiza, na manhã desta quinta-feira (20/12), a segunda fase da Operação Ross, que investiga repasse indevido do grupo J ao senador Aécio Neves (PSDB-MG). São cumpridos três mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte (MG), em endereços ligados ao parlamentar. Os alvos dessa vez é um apartamento na Região Centro-Sul da capital, de propriedade da mãe do senador, Inês Maria, e a casa do primo Frederico Pacheco.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o pedido de busca e apreensão foi apresentado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, com base em representação da Polícia Federal, a partir da descoberta de novos indícios das práticas criminosas. As medidas foram determinadas pelo relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Marco Aurélio.
No pedido, Dodge alegou que há riscos de eliminação de elementos de informação e que a medida é imprescindível para o aprofundamento da investigação. "Outro objetivo das cautelares é descortinar os envolvidos nos ilícitos perpetrados;, diz a nota do MPF.
Primeira fase
Aécio, a irma Andrea Neves e os deputados Paulinho da Força (SD-SP), Cristiane Brasil (PTB-RJ) e Benito Gama (PTB-BA) já haviam sidos alvos da operação no último dia 11.Segundo o MPF, os parlamentares investigados receberam R$ 130 milhões em propina, repassados pela J. Os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Agripino Maia (DEM-RN) também são alvos da investigação.
O Correio apurou que Aécio teria solicitado propina em pelo menos quatro ocasiões. Em contrapartida aos repasses ilegais, ele oferecia vantagens em um eventual governo, já que na época concorria à Presidência. Ainda segundo o MPF, ao todo, o Grupo J teria repassado cerca de R$ 110 milhões a Aécio, sendo que parte desse valor teve como destinatários finais 12 legendas que o apoiaram na disputa presidencial. As investigações apontam que parte do dinheiro foi entregue em espécie ao senador. O restante foi através de transferência bancária e pelo pagamento de serviços simulados.
No inquérito, são investigados os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A PF batizou a operação numa referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida, fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.
O Correio apurou que Aécio teria solicitado propina em pelo menos quatro ocasiões. Em contrapartida aos repasses ilegais, ele oferecia vantagens em um eventual governo, já que na época concorria à Presidência. Ainda segundo o MPF, ao todo, o Grupo J teria repassado cerca de R$ 110 milhões a Aécio, sendo que parte desse valor teve como destinatários finais 12 legendas que o apoiaram na disputa presidencial. As investigações apontam que parte do dinheiro foi entregue em espécie ao senador. O restante foi através de transferência bancária e pelo pagamento de serviços simulados.
No inquérito, são investigados os crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A PF batizou a operação numa referência a um explorador britânico que dá nome à maior plataforma de gelo do mundo localizada na Antártida, fazendo alusão às notas fiscais frias que estão sob investigação.
Defesa
Na primeira fase da Operação Ross, a defesa do senador Aécio Neves afirmou em nota enviada à imprensa que a ação tem como base as delações de executivos da JBS "que tentam transformar as doações feitas a campanhas do PSDB, e devidamente registradas na Justiça Eleitoral, em algo ilícito". Aécio negou irregularidades. O espaço está aberto para novas manifestações do parlamentar.
Com informações do Estado de Minas