Juliana Cipriani/Estado de Minas
postado em 20/12/2018 13:37
Dona do cartaz que acabou causando uma troca de socos inédita entre dois parlamentares eleitos por Minas Gerais, no Palácio das Artes, na noite da diplomação nessa quarta-feira (19/12), a sindicalista Beatriz Cerqueira (PT), eleita para a Câmara dos Deputados, culpou o Tribunal Regional Eleitoral pela confusão.
Em texto nas redes sociais, ela afirma que chegou a consultar o órgão e que não havia qualquer impedimento para segurar a placa com os dizeres ;Lula Livre;. A parlamentar pede ao cerimonial do evento que devolva o material que foi arrancado de suas mãos pela mestre de cerimônia.
;É um objeto que não lhe pertence e não tem o direito de ficar com ele. Fica apenas com a responsabilidade do que fez hoje e com silêncio e omissão que teve diante da hostilidade que pessoas com pensamento diferente vivenciaram;, afirmou Beatriz Cerqueira, se dirigindo ao TRE.
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Segundo Cerqueira, a mestre de cerimônias resolveu atender aos apelos de parte da plateia e a um outro deputado, que a incentivou a tomar a placa. "A exceção de estado fica nítida quando uma mestre de cerimônia toma partido, concorda com a opinião de convidados que gritavam na plateia e de outro deputado que estava sendo diplomado e se sente no direito de arrancar das mãos de uma deputada eleita que estava sendo diplomada a sua identidade partidária", disse.
Os ânimos, que já estavam acirrados, se exaltaram de vez depois que a mestre de cerimônias arrancou a placa de ;Lula Livre; das mãos da deputada eleita, que estava sentada na primeira fileira do palco e exibia o recado desde o início do evento, causando desconforto a parte da plateia.
Assim que ela teve o material subtraído, o correligionário deputado Rogério Correia (PT) foi ao centro do palco exibir outro cartaz com o mesmo recado. Neste momento, o deputado federal eleito Cabo Juno Amaral (PSL) arrancou a placa do petista, que reagiu com um soco. Cabo Amaral revidou com outro soco e os colegas precisaram apartar a briga. C
Até a manhã desta quinta-feira (20/12) o TRE ainda não se posicionou sobre o caso. Na noite de ontem, o presidente do órgão Pedro Bernardes disse que iria se inteirar do ocorrido para se pronunciar.