O ministro da Secretaria de Governo da Presidência, Carlos Marun, avaliou nesta quinta-feira (27/12) que o maior erro cometido pelo governo de Michel Temer foi não ter insistido na votação da proposta da Previdência na Câmara, mesmo com chance mínima de aprovação.
"O erro foi não termos votado mesmo sem a garantia de ganhar porque, assim, não obrigamos os indecisos a se posicionarem. (...) A derrota seria péssima mas acho que a pequena chance de vitória que existia, valia o risco", afirmou o ministro em um café da manhã com jornalistas.
De acordo com ele, nas contas do governo faltavam cerca de 50 votos para que a reforma fosse aprovada e haviam 100 deputados indecisos. "Eu defendi a votação da proposta mas fui voto vencido. Os líderes partidários decidiram assim", disse.
Marun, no entanto, minimizou a questão e afirmou que o mérito do governo Temer em relação a esta questão foi ter colocado a necessidade de uma reforma no setor na pauta política do País. "A discussão é nacional. Hoje você vai em um bar e fala sobre a reforma da Previdência e ela só vai sair da pauta quando for votada", afirmou. "Vejo hoje um maior reconhecimento das pessoas em relação a sua necessidade", avaliou.
Para Marun, o próximo governo, de Jair Bolsonaro, deveria colocar a matéria em votação já no início do ano legislativo. "Eu vejo um certo e necessário empenho do próximo governo em aprová-la", disse.
Já a maior vitória de Michel Temer na avaliação de Marun, foi a aprovação do teto de gastos públicos. "Isso foi o caminho para a recuperação econômica do País. Um governo nunca colocou limite para os seus próprios gastos", disse.