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Novo governo planeja diminuir regalias como voos da FAB

Em conversas no governo de transição, aliados de Bolsonaro citam escândalos nos governos anteriores envolvendo cartões e viagens a lazer em aviões da FAB

Agência Estado
postado em 28/12/2018 08:20

Crédito: Vinicius Santos/Agencia Força Aérea. Aeronaves F-5M, A-29, H-60 Black Hawk, H-36 Caracal, RQ-900 Hermes e C-98 Caravan, além de artilheiros munidos de mísseis teleguiados, estarão prontos para serem acionados se alguma aeronave descumprir as ordens da FAB, colocando em risco a segurança da posse. Na Foto F-5 sobrevoando Brasília.

A equipe do presidente eleito, Jair Bolsonaro, discute um pacote de medidas de corte de benefícios a ministros para ser apresentado nas primeiras semanas de 2019. Entre as propostas que o grupo considera de forte apelo popular estão a redução do uso do cartão corporativo e de aeronaves da Força Aérea Brasileira. Em conversas no governo de transição, aliados de Bolsonaro citam escândalos nos governos anteriores envolvendo cartões e viagens a lazer em aviões da FAB.

Em entrevista nesta quinta-feira (27/12) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que, por enquanto, há apenas uma recomendação para que os integrantes do primeiro escalão evitem "regalias". A sugestão é que os futuros ministros não usem os aviões da FAB especialmente em deslocamentos nos fins de semana a cidades onde possuem residência.

"É um pacto que estamos fazendo para reduzir drasticamente o uso das aeronaves da FAB", disse. "Todos nós vamos seguir o exemplo do presidente Jair Bolsonaro e andar em avião de carreira, a não ser que seja imprescindível", afirmou.

Lorenzoni se referiu ao período de campanha, quando Bolsonaro viajou apenas em voos comerciais. Depois das eleições, o presidente eleito, por recomendação da segurança, só viaja em aviões da FAB.

A equipe de transição ainda avalia se pretende acabar com cartões corporativos ou restringir seu uso. O futuro ministro da Casa Civil disse que as mudanças serão feitas com "critérios", com base em consultas à Advocacia-Geral da União e à Controladoria-Geral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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