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Grupo de evangélicos faz oração para Bolsonaro na entrada do Torto

Durante o culto, o pastor lembrou que a mulher de Bolsonaro, Michelle, também é evangélica. Mas celebrou o fato de o presidente eleito ser católico e disse que ele deve ser o presidente de todos

Agência Estado
postado em 30/12/2018 14:35

Durante o culto, o pastor lembrou que a mulher de Bolsonaro, Michelle, também é evangélica. Mas celebrou o fato de o presidente eleito ser católico e disse que ele deve ser o presidente de todos

O pastor Wilbert Batista costumava andar de bicicleta perto da ex-presidente Dilma Rousseff, em Brasília, e dizia que orava por ela. Conseguiu a confiança dos seguranças para se aproximar algumas vezes, embora deixasse claro que não votou na ex-presidente. "Existe um trecho na bíblia que diz que a gente tem que orar pelas autoridades. Sempre fazemos isso", justifica Batista, que acompanhou todas as posses presidenciais desde a época de Fernando Collor.


Hoje, pela manhã, Batista organizou uma espécie de culto evangélico em frente a Granja do Torto para o presidente eleito, Jair Bolsonaro, com cerca de 50 pessoas. Elas estavam vestidas de verde e amarelo e enroladas em bandeiras nacionais. Entre as canções e orações entoadas, o grupo se ajoelhou no chão de asfalto, sob o sol quente, e gritou repetidas vezes o slogan de Bolsonaro: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos".

O grupo faz parte da igreja evangélica Núcleo da Fé. Durante o culto, o pastor lembrou que a mulher de Bolsonaro, Michelle, também é evangélica. Mas celebrou o fato de Bolsonaro ser católico e disse que ele deve ser o presidente de todos, inclusive dos ateus. Batista pregou a unificação do país, defendeu a preservação da família e rezou pela segurança de Bolsonaro, que sofreu um atentado durante a campanha presidencial.

No gramado, a alguns metros de distância, a música "I say a little prayer", da cantora americana Aretha Franklin, ecoava de um dos carros que estão estacionados próximo a entrada da Granja. Entre eles está um carro modelo Fiat 147, que rodou 2 mil quilômetros de Paramoti (CE) até Brasília para a posse presidencial, na próxima terça-feira (1;/1).

O agente penitenciário Gerson Alves da Costa conta que o grupo viajou por dois dias no Fiat, chamado de "Comitiva 147", para chegar a capital federal. O intuito é tentar convencer o presidente eleito a recebê-los. "Até agora Bolsonaro não nos decepcionou. Tomara que ele ponha o Brasil nos eixos e que os benefícios não sejam individuais. Sei que dá trabalho e que não é da noite para o dia, mas, se der certo, quem ganha é o povo", disse.

Já o empresário Dionísio Magnus veio de Porto Alegre com o filho num motorhome. A viagem também durou dois dias. "Conhecemos Bolsonaro em 2016, quando ele foi dar uma palestra na TranspoSul (feira de transporte e logística) e desde então não soltamos mais esse projeto. Precisávamos de uma mudança", afirmou Dionísio.

O Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI) espera a presença de 250 mil a 500 mil pessoas para a posse de Jair Bolsonaro. Conforme mostrou a Coluna do Estado, a posse presidencial dobrou a taxa de ocupação de hotéis em Brasília para a virada do ano, segundo estimativas do setor. A ocupação média está em 67%, com expectativa de alcançar 75%. Os hotéis de luxo são os mais procurados até agora.

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