Politica

Pompeo e Ernesto Araújo discutem economia e criticam governos autoritários

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que a equipe a nova equipe econômica criou oportunidades para se trabalhar conjuntamente

Otávio Augusto
postado em 02/01/2019 10:32
foto de Mike Pompeo, na cerimônia de posse de Jair Bolsonaro
Antes mesmo de ser empossado no cargo de ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, se reuniu com o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo. Eles discutiram a situação política da Venezuela, da Nicarágua e de Cuba, na manhã desta quarta-feira (2/1). No Palácio do Itamaraty, também conversaram sobre o estreitamento da relação entre Brasil e Estados Unidos e garantiram ter ;ideias concretas; para a parceria.

Ernesto e Pompeo não adiantaram nenhuma das ideias, mas indicaram que elas serão discutidas ao longo dos próximos meses. ;Tivemos uma excelente conversa sobre como implantar o projeto do presidente Jair Bolsonaro de aproximação com os Estados Unidos. Estamos já começo de uma nova etapa que será muito produtiva que ajudara a criar empregos, ampliar negócios e criando uma dimensão mais intensa e produtiva a nossa relação;, ponderou Ernesto.

Pompeo disse que a nova equipe econômica criou oportunidades para se trabalhar conjuntamente. ;Estamos muito entusiasmados para trabalhar com o governo do presidente Jair Bolsonaro. Estamos comprometidos para trabalhar ao seu lado na área da economia, mas também segurança;, analisou.

O secretário norte-americano ainda falou da situação de Cuba, Venezuela e Nicarágua. ;Vamos trabalhar juntos contra os governos autoritários no mundo. Vi ontem uma transição de governo pacífica e as pessoas em Cuba, Venezuela e Nicarágua não têm essa oportunidade;, criticou, ao ressaltar que a democracia torna a vida dos cidadãos melhor.
"Tivemos a chance de também falar sobre as ameaças que emanam da Venezuela, e sobre nosso profundo desejo de trazer a democracia de volta para o povo. O Brasil e os Estados Unidos compartilham valores como democracia, e isso não acontece em muitos países", concluiu.

Garantia dos direitos humanos


Segundo Ernesto, não há motivos para se questionar a garantia dos direitos humanos. ;Não há razão para haver falta de proteção para qualquer receio de diminuição de direitos humanos no Brasil. Isso é um resquício da campanha que ainda sobrevive;, destacou.

Já Pompeo disse que os Estados Unidos trata do tema com atenção. ;Estamos sempre atentos para que os países tratem seus cidadãos com respeito. Nem sempre isso acontece, mas quando não se respeita esses direitos, alertamos para isso e fazemos o nosso melhor;, alertou.

Pompeo fica no Brasil até quinta-feira (4/1), depois viaja para a Colômbia. A transferência de cargo de Ernesto Araújo está marcada para o fim do dia. Ao chegar em Brasília, ele comemorou em uma rede social mencionando o que chamou de ;transferência pacífica de poder em uma das democracias mais fortes da América Latina;.

Nesta terça-feira (1/1) Pompeo almoçou com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e com o chanceler peruano, Nestor Popolizio.;Afirmei o compromisso dos americanos em assegurar a segurança de Israel; os Estados Unidos apoiam integralmente o direito de Israel de se autodefender;, escreveu, após o encontro.


Reunião com chanceler angolano


O chanceler angolano, Manuel Domingos Augusto, também esteve no Itamaraty e se disse confiante na manutenção das relações entre Brasil e Angola. ;No campo econômico já é bom, mas temos muito para aperfeiçoar. Acreditamos que o novo Brasil, com a dinâmica que pretende imprimir, vai contribuir para uma maior inserção internacional do Brasil e da comunidade angolana no país;, destacou.

Uma das prioridades, segundo o chanceler angolano é o combate à corrupção. ;Essa também é uma meta do meu governo. Fiquei satisfeito em saber que essa é uma dos desejos do governo Bolsonaro;, disse, após reunião com Ernesto Araújo.

Mesmo o governo Bolsonaro priorizando parcerias com países ;mais representativos comercialmente;, Domingos Augusto minimiza as críticas. ;Não percebemos isso. O chanceler reafirmou o desejo de dar a continuação da relação com a África. Percebemos que quando há um discurso de campanha ou político, há um olhar para dentro, mas o Brasil hoje é importante para o mundo;, concluiu.

Após o encontro com Pompeo, Ernesto comentou o assunto. ;O Brasil está se realinhando consigo mesmo. Vamos nos alinhar dos países de comungam dessesvalores e ideais;, concluiu.

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