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Politica

MP do Rio deve ouvir nesta terça-feira mulher e filhas de Fabrício Queiroz

As três foram lotadas nos gabinetes de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj)

em uma conta de Queiroz, entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Neste período, ele recebeu sistematicamente em suas contas transferências de outros funcionários que foram ou continuam no gabinete parlamentar de Flávio na Alerj.

O Coaf também descobriu um repasse de R$ 24 mil de Queiroz para a hoje primeira-dama Michele Bolsonaro. O presidente afirmou que o dinheiro era pagamento de uma dívida de Queiroz com ele. O relatório do órgão foi enviado ao MP e anexado ao inquérito da Operação Furna da Onça, um desdobramento da Lava-Jato no Rio.

O Ministério Público do Rio também pediu para ouvir Flávio, mas não há nada definido. Por ser parlamentar, ele tem a prerrogativa de indicar a data em que deseja ser ouvido, o que também não fez até agora.

A assessoria do senador eleito disse, nessa segunda-feira (7/12), que ele não vai responder à imprensa se irá ou não prestar depoimento. Em nota enviada por seu gabinete na Assembleia Legislativa em 11 dezembro, ele havia informado que o deputado "seguia à disposição para prestar esclarecimentos às autoridades, se instado for, no citado assunto".

Queiroz foi chamado para depor duas vezes no Ministério Público do Rio, mas faltou, alegando problemas de saúde. Seu advogado, Paulo Klein, disse que irá juntar os documentos que comprovam as suas argumentações na investigação do MP, "campo adequado para apuração dos fatos". A reportagem não conseguiu contato com a mulher e as filhas do ex-assessor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.