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Politica

Segunda reunião ministerial com Bolsonaro termina após cerca de três horas

O encontro, realizado para discutir as propostas dos ministérios para os primeiros meses de governo, terminou pouco antes de meio-dia


O presidente Jair Bolsonaro coordenou, nesta terça-feira (8/1), a segunda reunião ministerial desde quando tomou posse. O encontro durou cerca de três horas e cada ministro indicado por ele fez um breve resumo sobre como tem sido o trabalho das pastas até o momento. O presidente, por sua vez, seguiu para um almoço em homenagem ao Comandante da Marinha, Almirante de Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira. Não há outros compromissos além desse previstos na agenda do presidente para hoje.

[SAIBAMAIS]O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), General Heleno, falou rapidamente com a imprensa após o encerramento da reunião. De acordo com ele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, pouco se aprofundou na reforma da Previdência, mas disse que a proposta deve ser "viável". "Cada um apresentou um pouquinho do seu trabalho. Guedes não entrou em detalhes, só disse que continua o estudo. Estão analisando as questões referentes às idades mínimas viáveis para que a a proposta possa ser aprovada no Congresso", afirmou.

Heleno contou que ficou em silêncio durante toda a reunião, assim como outros colegas. "Eu não apresentei nada, nem falei. Sou o soldado do silêncio, não tenho o que falar", disse, em tom de brincadeira. Quanto ao recuo sobre a decisão referente à instalação de uma possível base americaa no Brasil, Heleno negou que havia a possibilidade. "Ele (Bolsonaro) nunca falou disso. Fizeram um auê sem fundamento", explicou.

O General destacou também que não será uma regra que haverá reuniões ministeriais semanais com o presidente. "Não está determinado que haverá reunião toda semana", disse. O chefe do GSI, inclusive, disse que quem ajudou a conduzir a reunião foi o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O titular da Casa Civil vai se reunir no fim do dia, por volta das 17h, com Guedes na sede do Ministério da Economia, no gabinete do superministro.

Participaram da reunião todos os ministros indicados por Bolsonaro. O objetivo principal era tratar sobre as 50 medidas prioritárias do governo dele -- sobretudo a reforma da Previdência e as estratégias de segurança pública devido à crise que assola o estado do Ceará. Em sua conta pessoal do Twitter, no início da manhã, Bolsonaro pediu celeridade na adoção de medidas. ;O país não pode mais esperar. Logo, novidades na linha que o brasileiro sempre exigiu;, escreveu.

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Há cinco dias, ainda na primeira semana de governo, o alto escalão do governo se reuniu pela primeira vez. No encontro, cada pasta recebeu a missão de apresentar propostas de enxugamento, analisar gastos dos últimos meses da gestão anterior de Michel Temer e apontar as medidas que deveriam ser implementadas rapidamente. Com isso, a equipe de novo presidente identificou "uma movimentação incomum de exonerações e nomeações e recursos destinados a ministérios". Caberá a cada ministro coordenar um levantamento de atos e gastos dos últimos 30 dias e apresentá-los a Bolsonaro.