O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, negou que esteja agindo para interferir na eleição da Mesa Diretora do Senado. Questionado sobre a tentativa de cacifar o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a presidência da Casa, Onyx disse que o governo se mantém sob a orientação do presidente Jair Bolsonaro de não interferir no processo e declarou que não tem candidato favorito na disputa.
"Eventuais falas, cada um tem todo direito de falar e escrever o que quer", declarou Onyx, durante coletiva de imprensa para apresentar as metas dos primeiros 100 dias governo. "A gente mantém o equilíbrio, a decisão e a orientação do presidente."
Conforme o Broadcast Político publicou ontem, Onyx enviou o deputado federal Leonardo Quintão (MDB-MG) como emissário para convencer a atual líder do MDB no Senado, Simone Tebet (MS), a desistir de se lançar na disputa. A estratégia seria adotada para manter o senador Renan Calheiros (MDB-AL) como candidato rival e turbinar uma candidatura mais afinada ao Planalto.
Passaporte
O governo listou hoje 35 metas para os primeiros 100 dias de governo. Para o Ministério das Relações Exteriores, duas ações foram estipuladas, e uma delas é a retirada do Brasil do padrão de passaporte do Mercosul. A ideia é retomar o brasão da República como identidade visual nesse documento. "Fortalecer a identidade nacional e o amor à Pátria", justifica o documento.
Onyx garantiu que o governo não vai "gastar um centavo a mais" com a mudança no passaporte. "Se tem um governo cascudo é esse do (Jair) Bolsonaro, ele é mão fechada", afirmou.
O ministro explicou que não haverá custo para a mudança porque os documentos já impressos com a identidade visual do Mercosul serão aproveitados. Os novos, com o brasão, só serão emitidos quando acabar esse estoque. Ele negou que haja custos para desenhar o novo modelo, pois será aproveitado o desenho antigo.
"Apenas se tomou decisão de que, quando acabar o passaporte (atual), troca. É custo zero", disse.