Politica

Bolsonaro defende Flávio: 'Não é justo usar um garoto para me atingir'

Presidente adota posturas diferentes sobre apurações envolvendo o filho mais velho; primeiro, diz que, se ele errou, 'terá de pagar'; depois, que 'pressão' visa a atingir seu governo

Agência Estado
postado em 24/01/2019 08:13

Presidente da República, Jair Bolsonaro, durante entrevista para a Tv Record

O presidente Jair Bolsonaro disse, em entrevista à RecordTV, nessa quarta-feira (23/1), que a pressão que seu filho mais velho, o deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), está sofrendo em função de movimentações suspeitas em sua conta tem o objetivo de atingir seu governo. "Eu acredito nele, a pressão enorme em cima dele é para tentar me atingir", disse em entrevista concedida em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial.

Mais cedo, em entrevista à Bloomberg TV, o presidente disse que, se ficar provado que Flávio cometeu algum ilícito, ele terá de pagar o preço.

À RecordTV, o presidente afirmou que as acusações contra Flávio são "infundadas" e que houve quebra do sigilo bancário do senador eleito pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), o que Bolsonaro classificou como "arbitrariedade".

"Nós não estamos acima da lei, como qualquer outro estamos embaixo da lei. Agora que cumpra a lei, não faça de maneira diferente para conosco. Não é justo atingir o garoto para tentar me atingir", repetiu. E saudou Flávio: "Para o meu filho aquele abraço, fé em Deus, que tudo será esclarecido com toda certeza".

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