Politica

Candidato à Presidência do Senado, Reguffe defende o enxugamento de gastos

Em quatro anos, senador afirma ter economizado R$ 16,7 milhões dos cofres públicos com a adoção de sete medidas, agora classificadas como propostas

Ingrid Soares
postado em 30/01/2019 18:58
Em quatro anos, senador afirma ter economizado R$ 16,7 milhões dos cofres públicos com a adoção de sete medidas, agora classificadas como propostas
Em entrevista ao CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense com a TV Brasília, o senador José Antônio Reguffe (sem partido-DF), afirmou que é candidato à Presidência da Casa por acreditar em uma forma de governo mais transparente e eficiente. A eleição está marcada sexta-feira (10/2), mesmo dia em que a Câmara elege o novo presidente.

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"O Senado brasileiro é uma das casas legislativas mais caras do mundo em termos proporcionais. Coloquei a minha candidatura como uma forma de deixar alguns temas em debate, como uma forma de obrigar outros candidatos a debaterem, por exemplo, o custo do Congresso para o contribuinte brasileiro, que é um custo excessivo, exacerbado e inaceitável", ressaltou.

Ciente da repercussão das propostas polêmicas que mexem em benesses que a maioria do Senado defende, ele diz que está preparado, inclusive, para ter apenas o próprio voto. O senador aponta que o Orçamento do Senado para 2019 é de R$ 4,5 bilhões.

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Segundo Reguffe, a candidatura se baseia em quatro pilares: baixo custo do Congresso; defesa da transparência; defesa de sistema de um processo legislativo mais ágil; e a independência do Senado.

Entre os projetos, ele defende o fim dos salários extras, da verba indenizatória, dos carros oficiais, da aposentadoria especial e do plano de saúde vitalício dos senadores e ainda a redução da verba para pagamento de assessores por gabinete. "Todos eles têm direito a um plano se saúde vitalício sem limite de despesa para o resto da vida. É justo o contribuinte brasileiro pagar por isso? Eu abri mão no primeiro dia do meu mandato. Fui o único senador até hoje na história que abriu mão do plano de saúde vitalício. O plano de saúde dos senadores dá direito até a ir para os EUA com tudo pago se a Mesa Diretora autorizar. Não tem plano no mercado privado que pague isso", observou.

Ele propõe ainda a redução do número de assessores por gabinete, de 55 para 12. Ele diz que emprega apenas nove. "Se um senador precisar de algo mais específico sobre um determinado tema, ele ainda tem a consultoria legislativa do Senado, com concursados extremamente qualificados e especializados. Isso atende a todos os senadores. Só com essas sete medidas, em quatro anos, consegui economizar sozinho aos cofres públicos R$ 16,7 milhões. Se multiplicar isso por 81, vai dar mais de R$ 1,3 bilhão."

Reguffe comentou ainda a situação do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL -RJ) em relação aos relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que apontam movimentações bancárias atípicas nas contas dele e do ex-assessor Fabrício Queiroz. "A situação dele ; e de todos os senadores que tiverem alguma denúncia que seja consistente depois de apurada ; tem que ser objeto de avaliação por parte do Senado, sim, desde que tenha uma base. Mas não tem nada pior na vida do que injustiça, por isso é importante que se analise a denúncia e dê direito de defesa ao acusado", afirmou.

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