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Cerimônia de posse marca maior renovação da história no Senado: 85%

Das 81 cadeiras, dois terços, ou 54, estavam na disputa. E 46 dos eleitos para a legislatura que começa hoje não estavam na Casa no ano passado. Vários caciques deram adeus ao tapete azul

Simone Kafruni
postado em 01/02/2019 15:07
Das 81 cadeiras, dois terços, ou 54, estavam na disputa. E 46 dos eleitos para a legislatura que começa hoje não estavam na Casa no ano passado. Vários caciques deram adeus ao tapete azul
De cada quatro senadores que tentaram a reeleição em 2018, três não conseguiram. O Senado tem 81 cadeiras, mas um terço mantém seus mandatos até 2022. Do total das 54 vagas que estavam na disputa, 46 dos eleitos não estavam no Senado no ano passado, uma renovação histórica de 85%. Desde a redemocratização do país, não houve um pleito com tantas caras novas, apesar de ter registrado o maior número de candidaturas à reeleição: foram 32, ou quase 60% dos senadores.

Vários caciques ficaram de fora, entre eles, o ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE). Outros medalhões emedebistas deram adeus ao tapete azul ontem: Romero Jucá (RR) e Edison Lobão (MA). Senadores que lideraram a oposição ao governo Temer, como Roberto Requião (MDB-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ), também ficaram de fora da próxima legislatura. Magno Malta (PR-ES), o guru espiritual do presidente Jair Bolsonaro, engrossa a lista dos não reeleitos.

Os tucanos Beto Richa (PR) e Cássio Cunha Lima (PB), ex-vice-presidente da Casa, e o petista Eduardo Suplicy (SP) não conquistaram votos suficientes para se manterem no Senado. Garibaldi Alves (MDB-RN), que foi presidente do Senado de 2007 a 2009 e ministro da Previdência durante o primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff, só vai manter seu nome no Congresso porque seu filho, Walter Alves, se elegeu para a Câmara.

Os senadores Waldermir Moka (MDB-MS), Ataídes Oliveira (PSDB-TO), Vicentinho (PR-TO), Benedito de Lira (PP-AL), Ângela Portela (PT-RR), Lúcia Vânia (PSDB-GO) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA) também não se reelegeram.

Além dos 22 parlamentares que preferiram não buscar a reeleição e dos 24 que não a conseguiram, a renovação do Senado ganhou dois suplentes porque os senadores Gladson Cameli (PP-AC) e Ronaldo Caiado (DEM-GO), que estavam na metade dos seus mandatos, foram eleitos governadores por seus estados no primeiro turno das eleições do ano passado.

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