Politica

Simone Tebet diz que Renan Calheiros perdeu força Política nacional

Senadora disse que não comentaria o polêmico tuíte do parlamentar alagoano, pois não "iria se rebaixar ao nível"

Lucas Valença - Especial para o Correio
postado em 04/02/2019 17:19
Senadora disse que não comentaria o polêmico tuíte do parlamentar alagoano, pois não
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), uma das protagonistas da confusão vista no Senado neste fim-de-semana, afirmou que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) perdeu a força que exerceu, durante muito tempo, na Política nacional. A senadora não quis comentar o polêmico Twitter feito pelo alagoano e não descarta sair do partido, mas disse que neste momento não deve trocar de legenda.

Em entrevista ao Correio a senadora questionou a força política do senador Renan Calheiros e disse não saber a partir de qual momento o congressista passou a perder influência. "não sei se ele perdeu agora ou se ele já vinha perdendo ao longo dos anos e todos os tratavam com um poder que ele já não mais tinha. Na política não adianta apenas ser, tem de aparentar ser e ele aparentava ter uma força que se mostrou, ainda mais com a renovação de 85 %, inexistente", esclareceu.

Sobre a intenção do alagoano de buscar a expulsão da senadora, Simone Tebet declarou que o rival não tem poder para tanto. "Ele é um senador como qualquer outro. Quem pode é a executiva, dentro de certos regramentos. Não conheço no regimento do partido, em nenhuma alínea, que um parlamentar possa ser expulso por expressar a sua vontade", enfatizou.

No entanto, a senadora não descartou a possibilidade de mudar de partido. Segundo ela, ainda não pensa neste momento, mas pode vir a tomar a decisão no futuro. "Sempre há a possibilidade. Se o partido não mudar, eu vou ter de procurar, obviamente, outra casa", explicou.

Sobre o polêmico Twitter postado por Renan Calheiros, A senadora disse que não iria comentar, já que "não iria se rebaixar ao nível do senador".

O enfraquecimento do MDB também foi comentado pela senadora, que lamentou a situação atual. "Lembrando o quanto isso é nocivo para o Brasil. Em um país de extremados, de partidos mais à direita e à esquerda, o único partido grande de centro, que em qualquer democracia é fundamental, é o MDB. Se o MDB sucumbe, também sucumbe essa estabilidade no processo democrático", afirmou.

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