Politica

Ministro do Turismo usou laranjas para desviar recursos eleitorais; ele nega

Quatro candidatas do PSL teriam supostamente recebido R$ 279 mil do comando nacional do partido de Bolsonaro para suas campanhas

Agência Estado
postado em 04/02/2019 20:55

Marcelo Álvaro Antônio, ministro do Turismo

O ex-deputado federal e ministro do Turismo do governo Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG), teria participado de um esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais para desviar recursos eleitorais e beneficiar empresas ligadas a seu gabinete na Câmara, informa o jornal Folha de S.Paulo. Ele nega as acusações.

De acordo com a reportagem, quatro candidatas do PSL receberam R$ 279 mil do comando nacional do partido de Bolsonaro para suas campanhas. Elas ficaram entre as 20 candidaturas do partido que mais receberam recursos no País. Contudo, a baixa votação recebida por elas - menos de mil votos cada uma - indica a possibilidade de que tenham sido de fachada.

Do montante recebido, R$ 85 mil foram usados para contratar serviços de quatro empresas de assessores, parentes ou sócios de assessores do atual ministro, diz a publicação. No Twitter, Álvaro atacou a reportagem e disse que o jornal tenta desestabilizar o governo.

"Hoje, sou o alvo de uma matéria que deturpa os fatos e traz denúncias vazias sobre nossa campanha em Minas Gerais. A distribuição do Fundo Partidário do PSL cumpriu rigorosamente o que determina a lei", escreveu o ministro, que ainda argumentou que as contratações feitas na sua campanha para a Câmara Federal "foram aprovadas pela justiça eleitoral".

Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro evitou comentar a situação do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio (PSL), apontado em um suposto esquema de candidaturas laranjas em Minas Gerais.

"Ele não comentou e não comentaria porque esse é um assunto restrito ao próprio ministro e as resposta a esse tema devem ser a ele direcionadas", afirmou o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, em entrevista coletiva. De acordo com o assessor, Bolsonaro não conversou com o ministro sobre o assunto. (Daniel Weterman)

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