O Plenário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, na tarde dessa terça-feira (5/2), abrir Processo Administrativo Disciplinar (PAD) e afastar das atividades o magistrado Glicério de Angiólis Silva, acusado de assédio sexual e moral nas comarcas de Miracema e Laje de Muriaé, no Estado do Rio de Janeiro.
O caso já havia sido analisado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), mas, apesar de ter sido observada a conduta irregular do juiz, foi arquivado sob o argumento de que "as reclamações foram motivadas pelo eficiente trabalho promovido por ele".
O magistrado era alvo de dez acusações, como assédio sexual contra duas estagiárias, falta de urbanidade com advogados e servidores e remoção irregular de servidores.
O processo foi levado ao CNJ pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro. A conselheira Iracema do Vale, relatora da revisão disciplinar, pediu o aprofundamento das investigações. "Inadmissível que um magistrado, investido regularmente de suas funções jurisdicionais, venha a portar-se de forma censurável, ainda mais em seu local de trabalho. Espera-se moderação, equilíbrio e sobriedade para a preservação da autoridade do cargo", enfatizou.
O presidente do CNJ, ministro Dias Toffoli, também reforçou a necessidade de abertura do Processo Administrativo Disciplinar e do afastamento do magistrado.
Defesa
O espaço está aberto para a defesa do juiz Glicério de Angiólis Silva.