Politica

Ação da PF mira cobrança de propina na construção de submarino da Marinha

Ministério Público afirma que engenheiro e servidor da corporação cobraram R$ 6 milhões de empresa austríaca durante assinatura de contratos

Renato Souza
postado em 07/02/2019 10:31
Submarinho
A Polícia Federal cumpre, nesta quinta-feira (7/2), três mandados de busca e apreensão, em São Paulo, contra um engenheiro e um funcionário da Marinha acusados de cobrarem propina milionária durante a realização de contratos para a construção de um submarino. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), entre 2008 e 2015 foram cobrados R$ 6 milhões da empresa austríaca Bilfinger Maschinembau GMBA & CO.KO (MAB).

De acordo com as investigações, o engenheiro recebeu, por meio de sua empresa, R$ 3.637.680,67. Os valores ilegais foram pagos por meio de uma conta bancária aberta na Suíça. No período, a empresa que repassou a propina, de acordo com as investigações, firmou 15 contratos administrativos com o Centro Tecnológico da Marinha e com o Comando Naval Brasileiro Europa (BNCE) para o fornecimento de materiais de pesquisa e prestação de serviços envolvendo tecnologia nuclear.

A Justiça determinou o bloqueio de R$ 13.060.680,72 dos investigados, que envolve o engenheiro, o servidor da Marinha e as esposas de ambos. Além disso, os valores bloqueados estavam nas contas de três empresas.

Confira a Nota da Marinha


A Marinha do Brasil, por meio do Centro de Comunicação Social da Marinha, participa que, desde 2015, quando tomou conhecimento do caso, através da Controladoria-Geral da União, vem contribuindo para a elucidação de supostos ilícitos relacionados às atividades da empresa Bilfinger Maschinembau GMBA & CO.KO (MAB), visando a preservação do patrimônio público e persecução penal militar. Como resultado, foram instaurados Inquéritos Policiais Militares, devidamente encaminhados ao Ministério Público Militar, em 2017 e 2018.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação