Agência Estado
postado em 13/02/2019 13:29
O presidente Jair Bolsonaro deixa o hospital sem que algumas perguntas sejam respondidas. Ainda não há informação sobre quando ele poderá retomar suas atividades normalmente no Palácio do Planalto, nem se conseguirá manter a agenda no exterior prevista para os próximos dois meses.
Segundo o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, Bolsonaro "ainda passará por um período de descanso", mas a duração dependerá de uma autoavaliação.
Pelo menos até o final da semana, de acordo com Rêgo Barros, o presidente ficará no Palácio do Alvorada, onde mora com a família, e fará uma autoavaliação para saber se poderá realizar reuniões com os ministros no local. Não há previsão de retorno ao Planalto.
As viagens para países como Estados Unidos e Israel, previstas para acontecer entre março e abril deste ano, seguem na programação, mas sem definição de quando vão, de fato, ocorrer. "A equipe mantém o planejamento de viagens ao exterior, a questão é quando", disse o porta-voz.
Durante coletiva, Rêgo Barros confirmou que Bolsonaro está a caminho de Brasília e que irá direto para o Alvorada. O avião presidencial decolou por volta das 13h. Não há compromissos previstos nesta quarta. O porta-voz contou, ainda, que o presidente acordou "animado, disposto e ansioso para voltar a Brasília e sua casa".
Por orientação médica, a expectativa é que Bolsonaro mantenha um ritmo moderado de trabalho pelo menos nos primeiros dias. Ele deverá despachar do Alvorada, para só depois voltar a despachar do Palácio do Planalto.
Twitter
Logo depois de receber alta e ser liberado para voltar a Brasília, o presidente Jair Bolsonaro comentou em seu perfil no Twitter sobre as cirurgias e os processos de recuperação decorrentes do atentado por ele sofrido durante as eleições de 2018. "Foram 3 cirurgias e mais de 1 mês no hospital", escreveu.
O presidente comemorou sua recuperação e relembrou que seu agressor já havia sido filiado ao PSOL, partido de oposição ao seu governo. "Finalmente deixamos em definitivo o risco de morte após a tentativa de assassinato de ex-integrante do PSOL". Bolsonaro ainda agradeceu "a Deus e a todos por finalmente poder voltar a trabalhar em plena normalidade".