Agência Estado
postado em 14/02/2019 14:08
A Operação Lava Jato incluiu na segunda-feira, 11, a empresária Fernanda Richa, mulher do ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), como acusada em uma denúncia contra o tucano, o filho do casal André Richa e o contador Dirceu Pupo Ferreira por lavagem de dinheiro de propinas do pedágio.
A acusação mira em compra de um terreno num condomínio de luxo em Curitiba, no final de 2012. A acusação relata que o imóvel foi colocado em nome da empresa Ocaporã Administradora de Bens, que formalmente estava no nome de Fernanda Richa e seus filhos, mas que tinha em Beto Richa a pessoa que tinha o poder final de decisão.
A defesa de Fernanda Richa se manifestou por meio de nota. "O Ministério Público Federal acusou o próprio filho do ex-governador para atingi-lo. Após o protesto de Fernanda, resolve acusá-la também. É evidente a situação de excesso de acusação e profunda injustiça. A defesa de Fernanda Richa confia no poder judiciário, que certamente saberá evitar que maiores prejuízos se produzam, pois não cometeu qualquer ilegalidade e refuta as acusações falsas criadas contra ela".
"A empresa Ocaporã nunca cometeu qualquer irregularidade e não tem relação com Carlos Alberto Richa. A Ocaporã é uma empresa patrimonial constituída em 2008 para gerir o patrimônio originário de herança do pai de Fernanda; este patrimônio não se confunde com o patrimônio de Carlos Alberto Richa. A sociedade tem como sócios apenas Fernanda e seus filhos".
"Seu marido, Carlos Alberto Richa, nunca foi sócio ou geriu, nem exerceu qualquer função na empresa. Dirceu Pupo Ferreira é um funcionário responsável pela gestão da empresa, com conhecimento e confiança de Fernanda. Todas as transações de imóveis ocorreram em razão de oportunidades comerciais reais e lícitas. A empresa jamais realizou qualquer operação com o intuito de ocultar ou dissimular valores".
A defesa de Beto Richa e André Richa disse que irá se manifestar nos autos.