Politica

Bancada do PSB na Câmara recusa convite de reunião com Bolsonaro

Encontro tinha como objetivo apresentar a reforma da Previdência e convencer os parlamentares a votar a favor do projeto

Lucas Valença - Especial para o Correio
postado em 19/02/2019 16:37
Reunião havia sido marcada pelo líder da legenda, Tadeu Alencar
Em decisão conjunta da bancada do PSB na Câmara, os deputados do partido decidiram rejeitar o convite feito pelo presidente, Jair Bolsonaro, para um café da manhã no Palácio do Planalto na quinta-feira (21/2). A reunião havia sido marcada pelo líder da legenda, Tadeu Alencar (PE) no começo da tarde de hoje. O objetivo do encontro, agendado pelo Executivo, é de apresentar a reforma da Previdencia e de convencê-los do projeto que deve ser enviado na amanhã ao Legislativo.

Após pouco mais de uma hora de reunião, parlamentares que saíram da reuniao às pressas para marcarem presença no Plenário da Casa, informaram que o PSB na Câmara rejeitou o convite.

Para o café da manhã, foram convidados os líderes aliados e de partidos que podem vir a votar em favor da medida, como o PSB e o PDT. Legendas menos alinhadas ao governo, como o PT, Psol e o PCdoB, não foram convidados.
A votação que decidiu não comparecer ao encontro se deu por "ampla maioria", como explicou o líder da bancada, deputado Tadeu Alencar. Segundo ele, mesmo que a tendência seja a explicação da reforma da Previdência , para que o PSB estivesse presente, seria necessário que a pauta fosse formalizada.

O congressista também disse que será preciso analisar a proposta de alteração previdenciária, que será divulgada amanhã, antes de manter um diálogo com o Planalto. "Quarta será encaminhado ao Congresso e quinta já seria o encontro, sem que tivéssemos analisado a proposta? Temos toda a disposição para dialogar, mas no devido momento", afirmou.

Perguntado se o café da manhã não seria uma forma de apresentar a medida do governo, o líder foi enfático. "Se é só para explicar, então porque não é para todo mundo? Porque alguns partidos não foram convidados?", questionou.

O diálogo, garantiu o parlamentar, será feito com o governo, até porque, explica Alencar, a discussão da medida é de interesse nacional.

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