O corregedor do Senado, Roberto Rocha (PSDB-MA), enviará ainda esta semana para a Polícia Federal a imagem do voto do senador Mecias de Jesus (PRB-RR), que, segundo a revista "Crusoé", é um dos principais suspeitos de fraudar a votação para presidente da Casa. A Corregedoria também encaminhará à autoridade policial todas as imagens das câmeras de segurança e dos celulares de senadores que registraram a votação para a escolha do presidente do Senado.
Na eleição, . Esta votação foi anulada e a seguinte elegeu Davi Alcolumbre (DEM-AP) presidente do Senado. Na semana passada, o Estado mostrou que nas gravações do circuito interno de TV do Senado haveria ao menos seis parlamentares suspeitos de participação no escândalo da 82; cédula surgida na eleição para presidente do Senado.
Uma foto do voto do senador Mecias de Jesus a que a revista "Crusoé" teve acesso mostra o momento em que ele insere na urna um papel de superfície lisa e sem qualquer inscrição, diferentemente dos demais colegas. O envelope oficial de voto contém um brasão da República de um lado e, de outro, uma marca em que se lê Senado Federal.
O gabinete do corregedor informou ao Estado que a foto do senador é elemento, mas não é suficiente para apontá-lo como principal suspeito. De acordo com o gabinete, é preciso aguardar perícia da Polícia Federal, como já havia sido acertado com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e com o diretor-geral da Polícia Federal, Mauricio Valeixo.
O senador Mecias de Jesus nega a acusação. Em nota, a assessoria do senador informa que ele não foi informado pela Corregedoria "sobre a suposta suspeição sobre seis senadores" ou sobre o andamento das investigações. "Mecias de Jesus está com a consciência limpa", diz a nota.
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