De volta a seu Estado pela primeira vez desde que assumiu a presidência do Senado, no início de fevereiro, Davi Alcolumbre (DEM) chegou ao Amapá na sexta-feira da semana passada, dia 1.;, acompanhado de um time de oito servidores.
Enquanto quatro policiais legislativos fazem a sua segurança, duas assessoras de imprensa e duas cerimonialistas o acompanham nos compromissos, que incluíram, até agora, encontros com prefeitos, posse de integrantes do Ministério Público e até a presença em blocos de carnaval.
Só com diárias, os gastos com a viagem dos servidores são estimados em pelo menos R$ 53,3 mil. Despesas com passagens e estadia não foram informadas pelo Senado. A previsão de despesas da Casa com diárias a servidores em viagens nacionais neste ano é de R$ 1,26 milhão. Para missões no exterior, o gasto previsto é de R$ 420 mil.
Mais jovem senador a assumir a presidência da Casa, Davi foi eleito com o discurso de alternativa à chamada velha política, ao desbancar Renan Calheiros (MDB-AL).
Em seu discurso como candidato, disse que o atual momento do País "clama por austeridade no uso dos recursos que pertencem ao povo" e que sua gestão tomará "as medidas necessárias para a redução e a racionalidade das despesas do Senado".
O número de assessores levados por Davi, no entanto, destoa da prática adotada por antecessores na presidência do Senado. O ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) e Renan viajavam para seus Estados apenas escoltados por policiais legislativos.
O tour pelo Amapá feito por Davi incluiu pelo menos três cidades. Além dos assessores, levou a tiracolo deputados da bancada amapaense da Câmara e o senador aliado Randolfe Rodrigues (Rede-AP), com quem também aproveitou bloquinhos de rua em Macapá.
Ele participou de pelo menos quatro, como A Banda, um dos mais tradicionais do Amapá, e Pica-Pau Boleiro.
Com o cacife político de quem vai comandar o Senado nos próximos dois anos, Davi conseguiu arrastar para o seu Estado dois ministros - o da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o de Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto. Lá, intermediou encontro dos dois com prefeitos, que aproveitaram para pedir recursos do governo federal para sua cidades.
As visitas foram noticiadas pela imprensa local e nas redes sociais do presidente do Senado. Nas manchetes, destaques para a atuação de Davi na destinação de verbas para hospitais, projetos para prefeituras, entre outros.
A agenda de Davi inclui ainda uma ida a Oiapoque. Na cidade, localizada no extremo norte do Estado, pretende anunciar a entrega de equipamentos para a população indígena local. Desta vez, levará com ele o presidente da Funai, general Franklimberg de Freitas.
Procurada, a Secretaria de Comunicação do Senado não respondeu aos questionamentos da reportagem. Davi viajou em avião da FAB. Não foi informado como estão sendo feitos os deslocamentos dentro do Estado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.