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Venezuelanos teriam mais chance se tivessem armas, diz Eduardo Bolsonaro

Para o parlamentar, os venezuelanos teriam mais chances de se defender do regime de Nicolas Maduro se as pessoas pudessem ter armas

Agência Estado
postado em 14/03/2019 14:56

Agencia Camara. deputado Eduardo Bolsonaro integrante da Comissão do Impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) afirmou nesta quinta-feira (14/7) que a população da Venezuela está desprotegida desde que houve uma campanha pelo desarmamento no país em 2012. Para o parlamentar, os venezuelanos teriam mais chances de se defender do regime de Nicolas Maduro se as pessoas pudessem ter armas. "Eu preferiria que não tivesse tido o desarmamento porque assim o povo teria uma chance de sobreviver. Hoje eles são massacrados. Toda manifestação que tem, alguém de algum coletivo passa, dá alguns tiros, intimida as pessoas a não saírem nas ruas, elas ficam mais em casa e demonstra-se menos força contra o Maduro. É uma estratégia terrorista", disse.


De acordo com Eduardo, países que promoveram campanhas de desarmamento foram tomados por ditaduras na sequência, ou ditaduras que se instalaram desarmaram a população. "Todo país democrático não se preocupa com seu povo armado. A preocupação tem que ser com os bandidos armados e, para isso, o desarmamento não ajudou em nada", comentou.

Apesar de defender que os cidadãos tenham acesso a armas, Eduardo afirmou acreditar que a solução para a saída de Maduro do poder passa pela pressão internacional e pelo congelamento de ativos financeiros de aliados do regime. "Assim dá para chegar ao momento em que Maduro vai ruir por si só sem iniciativa militar", disse.

O parlamentar voltou a dizer que a questão venezuelana atinge toda a região latino-americana e que, por isso, os opositores ao regime de Maduro precisam de ajuda internacional. "A solução para a Venezuela não é só atinente a ela, mas a toda a região. Acredito que sozinhos eles não têm forças para sair de lá, vide que em 2012 começou uma forte campanha de desarmamento e lá só tem o pessoal armado do Maduro e dos coletivos", comentou.

Eduardo Bolsonaro foi escolhido no período da manhã para presidir a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara. Ele, no entanto, nem ouviu os cumprimentos de seus colegas. Deixou a reunião assim que terminou um breve discurso para se reunir com o ex-embaixador americano no Brasil Clifford Sobel.

Segundo o deputado, eles trataram de assuntos econômicos, como o interesse do País em fazer parte da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e possíveis acordos bilaterais.

Eduardo confirmou também que o presidente Jair Bolsonaro se encontrará com o filósofo Olavo de Carvalho, considerado guru do ;bolsonarismo;, na viagem que fará aos Estados Unidos na próxima semana. Eles devem se encontrar em um jantar. No mesmo evento, deverá estar também Steve Bannon, ex-estrategista do presidente americano, Donald Trump.

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