Como membro pleno da OCDE, o governo brasileiro espera atrair investimentos e obter outras vantagens como acesso a financiamento externo com melhores condições. Por outro lado, vai abrir mão de regular a exposição do mercado interno à concorrência de produtos e serviços internacionais em setores considerados mais sensíveis.
A OMC não possui critérios para classificar países como ricos ou pobres. Por isso, os membros devem se autodeclarar país em desenvolvimento, para obter as vantagens previstas na cláusula 28 (parte quatro) do Acordo Geral de Tarifas e Comércio, que precedeu a OMC. De acordo com essa cláusula, quando em negociação com países ricos, países em desenvolvimento não precisam oferecer reciprocidade no ritmo e qualidade da liberalização de seu mercado, ou seja, é possível ganhar uma fatia maior do mercado do país rico e ao mesmo tempo manter certo nível de proteção em seu mercado interno.
A condição imposta pelo americano em troca do apoio aconteceu um dia depois do presidente abrir mão da exigência de visto de entra no no Brasil para cidadãos norte-americanos, sem a exigência de nenhuma contrapartida.