Gabriela Vinhal
postado em 20/03/2019 17:28
Após entregar ao Congresso Nacional o projeto de lei que muda as regras de aposentadoria de militares, o presidente Jair Bolsonaro disse, na tarde desta quarta-feira (20/3), que a reforma dos militares é "muito mais profunda" que a do regime geral, "se somar o que já foi tirado dos militares" nos anos anteriores, por meio da MP 2.215, de 2001. A medida provisória, assinada à época pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, retirou benefícios dos integrantes das Forças Armadas e é sempre alvo de críticas tanto do presidente quanto de outros militares.
"O que já foi tirado dos militares e somar com o que chegou aqui agora, vocês podem ter certeza de que é uma reforma muito mais profunda que a do regime geral. Esse é o apelo que faço a todos os senhores ao analisar esta proposta aqui. Levem em conta a que está lá atrás também. Eu sei que sou suspeito para falar, porque sou capitão do Exército. Tinha sim, como (o ministro da Economia) Paulo Guedes disse há pouco, um comportamento bem corporativista", afirmou Bolsonaro.
Ele pediu ainda que os parlamentares tivessem "compromisso" com o Brasil e pediu "celeridade sem atropelo" na análise de ambos os textos. O chefe de Estado disse ainda que espera que a tramitação dos projetos sejam concluídas "no máximo" no meio deste ano. Assim, o Congresso estará sinalizando que "o Brasil está mudando".
Entrega a Maia
No início da tarde, o presidente entregou pessoalmente o texto da reforma dos militares nas mãos do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no Congresso Nacional.
Ele estava acompanhado do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; do ministro da Economia, Paulo Guedes; e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo. A cerimônia de entrega ocorreu com a presença também de lideranças partidárias do bloco aliado do governo.
Ele estava acompanhado do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; do ministro da Economia, Paulo Guedes; e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo. A cerimônia de entrega ocorreu com a presença também de lideranças partidárias do bloco aliado do governo.