Marina Torres*
postado em 20/03/2019 18:13
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Na Semana Mundial da Água, Rodrigo Agostinho (PSB-SP), deputado e Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, é o convidado do dia (20/3) no CB Poder, programa que é uma parceria entre o Correio Braziliense e a TV Justiça. Em entrevista, o deputado ressaltou a urgência da apresentação de planos governamentais a respeito do meio ambiente, bem como sua opinião sobre a reforma da Previdência e o posicionamento de oposição de seu partido no governo Bolsonaro.
Sobre a os planos para o ano, Rodrigo afirma não permitir retrocessos em medidas ambientais já apresentadas, que, para ele, deveriam ser substituídas por agendas positivas que trabalhem em uma transparência do Ministério do Meio Ambiente. ;As primeiras medidas que foram apresentadas, no que diz respeito à questão ambiental, são um desastre. A exemplo disso nós temos o desmonte da Funai, a liberação de mais de cem agrotóxicos por meio de decretos e a reformulação do Conselho Nacional do Meio Ambiente. São agendas negativas, nós queremos discutir quais estratégias desse governo para a área ambiental,; nota ele.
Rodrigo Agostinho avaliou a necessidade de tratar temas como as mudanças climáticas que, de acordo com ele, é uma pauta esquecida atualmente em um alinhamento com o governo Trump. ;Os Estados Unidos é o país que mais sofre com mudanças climáticas atualmente. Para nós, esse ano foi o mais caro na produção de soja no sentido de déficit hídrico. Sem floresta, não tem chuva e não tem agricultura. A mudança climática é um tema real e nós estamos vivenciando isso.;
A questão indígena no país também foi ressaltada pelo deputado como desastrosa. ;Nós temos povos originários e o direito deles está na Constituição. A Funai existe para cumprir um objetivo, é um órgão pequeno de estrutura incapaz de poder defender os direitos dos indígenas e agora está fragilizada. Eu espero que o governo se sensibilize sobre o assunto. No Mato Grosso do Sul existe um conflito real no momento que necessita da ajuda do Ministério Público Federal e da Polícia Federal.;
Sobre o governo Bolsonaro, o deputado citou a Reforma da Previdência e sua posição de oposição. ;Para fazer uma reforma tão pesada precisa-se exercitar a habilidade de organização da casa de diálogo. Uma reforma é importante, mas o texto atual parece muito ruim e equivocado para a população. No entanto, acredito muito na capacidade da Câmara de fazer mudanças.; No que se diz em posição do PSB, partido do deputado, ele inclui: ; Nos colocamos em uma posição de oposição ao governo que não é sistemática nem ideológica, queremos independência para sermos críticos. Queremos estar dentro do campo de oposição para ter uma certa liberdade e não agir como uma ;esquerda burra;.;