Politica

'Temos a experiência de sempre esperar o pior', diz Delegado Waldir, líder

Segundo Waldir, o PSL na Câmara "não vai se acovardar", porque não é subordinado ao presidente Jair Bolsonaro, diante da PEC da reforma da Previdência

Gabriela Vinhal
postado em 21/03/2019 21:08
Delegado Waldir, líder do PSL na Câmara
Líder do PSL na Câmara, o delegado Waldir afirmou nesta quinta-feira (21/3) que, embora tenha desaprovado o texto da reforma da Previdência dos militares, não foi surpreendido pelo teor dela, porque tem "a experiência de sempre esperar o pior". "Assustado deveria ficar realmente o governo, ao trazer uma reforma desafiante dessas, que é um ;abacaxi; para a Casa", acrescentou.

Outra queixa do deputado é de que a equipe econômica do governo ainda não procurou o Congresso para esclarecer os pontos que não agradaram os parlamentares. "Hoje é quinta-feira e eu já estou aguardando. A pressa não é do governo, é do Brasil. Queremos saber qual a pressa do Ministério da Economia, porque até agora não nos procuraram", disse.

Segundo Waldir, o PSL na Câmara "não vai se acovardar", porque não é subordinado ao presidente Jair Bolsonaro e não "vai se sujeitar ao papel de fazer as mudanças pelo governo". Se a tentativa do Executivo era ter celeridade na tramitação da proposta, o deputado garante que ela já foi prejudicada. "Essa preocupação é do governo, não é do Parlamento", destacou.

Para o líder, é incongruente a maneira como o governo federal se manifesta sobre a reforma da Previdência e o que está escrito no projeto dos militares. Por isso, não há como o Legislativo dar continuidade à tramitação, diz ele.

"O Parlamento tem o seu compromisso com a reforma, mas quando o ministro da Economia e o presidente vieram aqui e disseram que todos vão ser tratados de forma igualitária e que vamos quebrar privilégios, não temos como trazer esse texto da reforma que trata de forma diferente as carreiras;, pontuou Waldir.

Além de embarreirar o prosseguimento da pauta, o líder do partido explicou ainda que há poucos deputados membros da CCJ interessados na relatoria do texto. O presidente da comissão, o deputado Felipe Francischini (PSL-PR), inclusive, já tem alguns nomes em estudo. Entretanto, só divulgará depois que o governo der explicação sobre a proposta. "Em razão do texto, dificulta que qualquer parlamentar queira colocar sua digital nessa reforma", destacou o deputado.

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