Rodolfo Costa - Enviado especial
postado em 22/03/2019 11:52
Rio de Janeiro ; Carlos Marun, ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo e atualmente conselheiro da Itaipu Binacional, chegou à Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (22/3), para uma segunda visita ao ex-presidente Michel Temer, que está preso no complexo de segurança pública. Mesmo sem ser parte da defesa, ele alega poder se encontrar com o emedebista por ser advogado. Para Marun, Temer é inocente. "O que dizem os procuradores e juízes não me interessa. Quero saber o que eles provam", rebateu, na chegada ao local.
A primeira visita de Marun a Temer ocorreu na noite de quinta-feira (21). Ao Correio, minutos antes de chegar à Superintendência da PF, o ex-ministro admitiu que Temer está extremamente triste e indignado, mas confiante de que provará a inocência. "Ele é um dos maiores constitucionalistas do país, conhece seus direitos e continua confiando na Justiça;, ponderou.
"Prisão arbitrária"
A prisão preventiva de Temer foi classificada por Marun como "arbitrária". O conselheiro de Itaipu destacou que o ex-presidente nunca negou nem teria negado responder questionamentos feitos pelas autoridades. "Nada justifica a prisão preventiva. Além de injustificável, é inoportuna e improcedente", avaliou.Marun nega que as visitas sejam uma sinalização de que fará parte da defesa oficial de Temer. Ele lembra que, como ex-ministro, precisa permanecer em uma espécie de quarentena. Por seis meses, não pode exercer qualquer função que o vincule formalmente como advogado de defesa. "Mas tenho a prerrogativa de advogado para fazer as visitas", destacou.