Bruno Santa Rita - Especial para o Correio
postado em 23/03/2019 18:40
O advogado Gustavo Bonini Guedes, que trabalha na defesa de Michel Temer, foi barrado, neste sábado (23/3), ao tentar visitar o ex-presidente na Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, onde o emedebista está preso preventivamente. De acordo com a corporaçãol, não é permitida visita durante fins de semana, nem mesmo para os advogados. Guedes pretendia entregar um livro sobre Winston Churchill, primeiro-ministro da Inglaterra durante a Segunda Guerra mundial, como presente para Temer. O advogado, que se descreveu como amigo de Temer, trabalhou na defesa da chapa Dilma/Temer frente ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De sexta para sábado, ao contrário dos primeiro dias, Temer teve uma boa noite de sono. Quando acordou, comeu um misto-quente no café da manhã, acompanhado de um copo de café com leite. O ex-presidente costuma ficar a maior parte do tempo dentro da sala em que está instalado. O espaço tem 20 metros quadrados.
À espera do HC
Temer aguarda o julgamento do pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 2; Região (TRF-2). A expectativa é que o colegiado do Tribunal comece a avaliar o recurso na próxima quarta-feira. Até lá, Temer deve continuar preso. A detenção foi uma medida cautelar, com o objetivo de impedir intervenções sobre o curso das investigações e do processo.O Ministério Público Federal (MPF) informou que deve apresentar na próxima semana denúncias por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro. O ex-ministro Moreira Franco também estará incluído nas denúncias que serão apresentadas. Os crimes de peculato se referem, principalmente, aos valores apropriados pela empresa Argeplan, de propriedade do Coronel Lima, amigo pessoal de Temer. Os outros oito presos na última quinta-feira no mesmo caso também devem ser alvo das denúncias.