Politica

'É um erro não reconhecer a força digital', diz chefe da Secom

Agência Estado
postado em 28/03/2019 11:30
Prestes a deixar a Secretaria de Comunicação (Secom), Floriano Amorim afirmou nesta quarta-feira, 27, que o governo fará intensa campanha publicitária para obter apoio à reforma da Previdência a um custo seis vezes menor do que no governo de Michel Temer. Pelas suas contas, a propaganda para "vender" as mudanças na aposentadoria custará, na gestão de Jair Bolsonaro, cerca de R$ 30 milhões, enquanto, sob Temer, ficou em R$ 181 milhões. Amorim será substituído pelo empresário Fábio Wajngarten, especialista em comunicação, num momento em que a Câmara tenta enquadrar o governo e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz que "é um erro não reconhecer a força das mídias digitais". Por que o sr. está deixando a Secom? Eu pedi afastamento, mas continuo acreditando muito no presidente Bolsonaro. Estou 100% fechado com ele. Cumpri minha missão de identificar problemas e contratos que oneravam muito o governo. Dou um exemplo: antes, seis filmetes, com algumas empresas contratadas, tinham custo médio de R$ 350 mil. Em pouco mais de um mês de atividade, organizamos mais de 40 vídeos a preço de salário (de servidor). Isso deve incomodar (as agências de publicidade). Houve pressão de fora? Cito João 8:32: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". A popularidade do presidente caiu. O envolvimento do vereador Carlos Bolsonaro e do escritor Olavo de Carvalho nas redes sociais atrapalha o governo? É uma questão particular de cada um deles e eu não gostaria de tecer comentários. A minha relação é ótima tanto com o Carlos Bolsonaro quanto com Olavo de Carvalho. São pessoas que trabalham fortemente pelo País. Quanto custará a campanha publicitária da nova Previdência? Asseguro que não está passando da casa dos R$ 30 milhões. Não tenho responsabilidade pela campanha passada (governo Temer), quando foram gastos R$ 181 milhões. Mas o novo valor é só para internet? Não. Inclui internet, TV, rádios, mídias regionais, mas utilizando recursos públicos. Uma pesquisa mostrou que 70% da população passa de oito a nove horas no celular. Então, é um erro não reconhecer a força das mídias digitais. É preciso que haja um pacto pelo País em torno da nova Previdência. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação