Agência Estado
postado em 31/03/2019 10:22
O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, descartou há pouco a possibilidade de o governo brasileiro anunciar durante sua visita a Israel a instalação de um escritório de negócios no país, algo que passou a ser cogitado como uma forma de evitar, num primeiro momento, a polêmica transferência da Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém. "Não está planejado declarar ainda", afirmou.
O ministro também disse que um dos principais contatos entre os países é na área de segurança, em linha com o discurso feito na chegada, em Tel Aviv nesta manhã, madrugada no Brasil, pelo presidente Jair Bolsonaro. Mesmo assim, ressaltou que não necessariamente haja um anúncio formal.
"Não dá para adiantar porque são assuntos que têm um grau de sigilo grande. A visita aqui não quer dizer que vamos comprar, até porque hoje não estamos em condições de fazer isso, mas é lógico que Israel é desenvolvido na área de equipamento miliar. Se houver uma proposta razoável, que nos interesse, pode acontecer, mas nada específico", explicou ao falar com jornalistas no King David Hotel, onde a comitiva presidencial está instalada em Jerusalém. "Pode também não ter (anúncio), é natural."
O general comentou que o contato nessa área entre os dois países é grande e que os israelenses estão à frente dos avanços tecnológicos. "Temos já muito contato com eles, que estão na nossa frente por uma questão de necessidade. Sempre tivemos esse contato e a ideia é aprimorar esse contato. Hoje, a parte tecnológica evolui muito rapidamente", considerou.
Um dos principais pontos de discussão, de acordo com ele, é com a tecnologia para dessazonalizar a água no Nordeste. "Eles têm tecnologia para colocar água permanentemente, não só com cisternas. Não é fácil."