Politica

Líder do PSL critica reforma da Previdência dos militares e cobra mudanças

"Nós só queremos fazer a adequação para outras carreiras assemelhadas. Existem outras carreiras que têm esse papel de defesa, de segurança e que não têm os mesmos requisitos trazidos nas reformas dos militares%u201D, defende o parlamentar

Bruno Santa Rita - Especial para o Correio, Rodolfo Costa
postado em 02/04/2019 23:14
Delegado Waldir, deputado federal
O líder do PSL na Câmara, Delegado Waldir (GO), voltou a criticar a reforma da Previdência dos militares. Após reunião nesta terça-feira (2/4) com o ministro da Economia, Paulo Guedes, ele defendeu a equiparação de mudanças propostas aos militares das Forças Armadas com o de carreiras semelhantes, como as forças auxiliares de segurança pública. "Nós só queremos fazer a adequação para outras carreiras assemelhadas. Existem outras carreiras que têm esse papel de defesa, de segurança e que não têm os mesmos requisitos trazidos nas reformas dos militares;, disse.

Enquadram-se nas forças auxiliares de segurança policiais e bombeiros militares. Entretanto, Waldir também defende nesse âmbito a Polícia Federal (PF), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Guarda Municipal. "Não é a reestruturação de carreira, mas um regime de Previdência mais adequado ao dos militares", explicou o parlamentar. Uma das propostas do deputado é rever a alíquota de contribuição. "A contribuição dos militares passará de 7,5% para 10,5%. Nas outras carreiras, vai até 22%. Então, nós precisamos de pequenas adequações. Isso nós vamos fazer no momento apropriado, na comissão especial", informou.

O projeto de lei que altera as regras de aposentadoria para os militares não agrada a gregos e troianos. No geral, deputados acharam a proposta muito tímida. Parlamentares ligados às áreas das forças auxiliares de segurança pública, como policiais militares e bombeiros, também reforçaram o coro. Desde a última semana Guedes foi avisado que precisaria dar muitas explicações sobre a reforma dos militares, sob risco de emplacar ao governo uma derrota prematura.

O argumento de líderes e deputados da bancada da segurança pública é de que, na falta de convencimento, a reforma dos militares, que chegou sem muita gordura, será desfigurada quando começar a tramitar. O discurso de alguns deputados do próprio PSL é de que os militares das Forças Armadas aceitaram o texto, mas os militares das forças auxiliares não.

A promessa, no entanto, é de que a briga por modificações ao texto será comedida, feita sem muito estardalhaço. A bancada da bala e parlamentares do PSL querem um entendimento pacífico, a fim de evitar a fim de evitar cisão maior e rachas no governo. Afinal, o discurso é de que militares e policiais militares compõem a base mais fiel do presidente Jair Bolsonaro.

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