Rodolfo Costa
postado em 04/04/2019 19:53

A última reunião marcada para a agenda de encontros entre o presidente Jair Bolsonaro e presidentes nacionais de partidos foi marcada pelo selamento da paz entre o governo e o Congresso. Ao presidente nacional do MDB, o ex-senador Romero Jucá, o chefe do Palácio do Planalto concordou que não existe a ;nova; ou a ;velha; política e, sim, a ;boa; política.
O gesto foi bem recebido por Jucá. Para o mandatário emedebista, marcou a conversa positiva que teve com Bolsonaro. Há duas semanas, o presidente da República teve embates com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o Congresso, ao dizer que alguns parlamentares não querem ;largar a velha política;, em crítica ao chamado ;toma lá da cá;. A repercussão gerou uma crise entre os poderes que, agora, parece contornada.
Para Jucá, o gesto de Bolsonaro mostra uma ;mão estendida; e um desprendimento para ouvir e conversar. ;E isso é fundamental na política. O governo pode cometer equívocos, mas não pode ser condenado por cometer equívocos. Agora, tem que ter humildade e rapidez para corrigi-los. E tenho certeza que o governo quer fazer isso, pois quer um bom resultado no trabalho, processo de aprendizado, de construção que está em andamento;, ponderou.
O presidente da República se mostrou ;extremamente simpático; no diálogo, afirma Jucá. ;Tivemos conversa onde dissemos o que entendíamos que deveríamos falar, com verdade, respeito, mas pensando e dizendo o que entendemos;, declarou. Foi nesse diálogo que ele comentou que não existe a ;nova; e a ;velha; política. ;Existe política que tem que ser construída com diálogo ao longo do tempo. E o presidente terminou concordando que o que vale é a ;boa; política. Portanto, taxar de velha ou nova é um desserviço à relação construída;, avaliou.