Agência Estado
postado em 08/04/2019 17:27
O ministro da Cidadania, Osmar Terra, tentou minimizar as especulações sobre uma possível saída do cargo do secretário de Esporte, general Marco Aurélio Vieira, área agora subordinada à sua pasta. "Por enquanto não tem mudança. Precisamos botar o bloco na rua. Nossa dificuldade é juntar três ministérios em um e fazer funcionar lá na ponta. Não tem de ficar mudando secretários. Tem é de fazer eles trabalharem e todos estão", declarou o ministro, ao ser questionado se a Secretaria de Esporte poderia ser entregue ao MDB, com João Manoel Santos Souza, do Maranhão, que seria ligado ao ex-presidente José Sarney.
Osmar Terra reconheceu, no entanto, que "há um jogo de interesses, de bastidores", sem querer especificá-los. Afirmou ainda que não dá para ficar preocupado com essas especulações porque "se ficarmos preocupados com isso, não fazemos nada".
Vieira esteve reunido com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta segunda-feira, sem a presença do titular da pasta. O ministro Osmar Terra, por sua vez, estará com Bolsonaro no final da tarde. "Ele tinha uns assuntos dele, específicos, para tratar com o presidente", desconversou o ministro, acrescentando que "não tem nada disso (de o secretário de Esportes estar deixando o cargo)".
As mudanças na pasta começaram a ser discutidas no contexto de ampliar a base partidária do governo no Congresso, no momento em que o Planalto tenta conseguir os 308 votos necessários para aprovar a reforma da Previdência. Santos Souza é filho do ex-senador João Alberto, que hoje preside o MDB maranhense.
Osmar Terra, também é do MDB, que tenta se cacifar para preencher a vaga no Ministério da Cidadania. Diante da dificuldade de ampliação da base e obtenção dos votos, o presidente Jair Bolsonaro inaugurou, na semana passada, uma conversa com os presidentes dos partidos. Ele promete dar sequência aos encontros nesta semana com mais seis dirigentes.