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PGR nega ter recebido informações sobre Toffoli em planilha da Odebrecht

Procuradoria declara que não foram repassados documentos com este teor por parte dos integrantes da força-tarefa da Lava-Jato

A Procuradoria-Geral da República (PGR), informou, por meio de nota, nesta sexta-feira (12), que não recebeu informações repassadas por Marcelo Odebrecht que indicam que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, é citado em mensagens de e-mail trocados pelo delator com outros executivos da empreiteira.

O site "O Antagonista" informou que teve acesso a um documento, enviado a Força-Tarefa da operação Lava-Jato, em que Marcelo diz que o codinome "amigo do amigo do meu pai" era utilizado para se referir ao ministro do Supremo. O apelido aparece em e-mails trocados por Marcelo Odebrecht com Adriana Maia e Irineu Meirelles, também integrantes da direção da empresa na época dos fatos. Uma das mensagens seria referente ao ano de 2007, quando Toffoli era chefe da Advocacia-Geral da União no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Na mensagem, Odebrecht pergunta aos demais executivos se eles "fecharam com o amigo do amigo do meu pai". Procurado pela PF, ele disse que outros esclarecimentos podem ser dados por outro executivo. "Amigo do amigo de meu pai se refere a José Antonio Dias Toffoli. A natureza e o conteúdo dessas tratativas, podem ser podem ser devidamente os esclarecidos por Adriano Maia, que as conduziu", disse Marcelo Odebrecht por escrito.

No posicionamento, assinado pela Secretaria de Comunicação da PGR, a entidade diz que não recebeu nenhuma informação do tipo dos procuradores do Paraná ou do delegado que conduz o caso. "Ao contrário do que afirma o site O Antagonista, a Procuradoria-Geral da República (PGR) não recebeu nem da Força-Tarefa Lava Jato no Paraná e nem do delegado que preside o inquérito 1365/2015 qualquer informação que teria sido entregue pelo colaborador Marcelo Odebrecht em que ele afirma que a descrição ;amigo do amigo de meu pai; refere-se ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli", diz o texto.