Agência Estado
postado em 15/04/2019 17:23
O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, afirmou nesta segunda-feira, 15, que as denúncias que enfrenta por suposta participação em esquema de lançamento de candidatas-laranja nas eleições do ano passado partem de "fogo amigo" de dentro de seu partido, o PSL, e negou ter patrocinado qualquer esquema de candidatura irregular. Segundo o ministro, duas pessoas estariam por trás das denúncias. Marcelo Álvaro disse saber quem são e que já repassou os nomes às investigações.
O ministro afirmou que "em breve" as investigações vão provar que "nunca patrocinou nenhum tipo de esquema em Minas". "São três meses de acusação. Um massacre por parte da imprensa. Alguns órgãos de imprensa, sem uma prova sequer, não existe uma mensagem sequer de Whatsapp. Mas como Deus é o justo juiz, vamos provar nossa total isenção, nossa total inocência, e que nunca patrocinamos nenhum tipo de situação de laranjas em Minas", disse.
O esquema de candidaturas-laranja teve inquérito aberto pela Polícia Federal. O Ministério Público de Minas Gerais também apura as denúncias. O ministro falou à Rádio Super, de Minas Gerais, e negou ter participado de esquema de candidaturas-laranja no Estado.
A candidata derrotada a deputada estadual em Minas pelo PSL, Cleuzenir Barbosa, foi a primeira a denunciar o esquema ao Ministério Público e à Polícia Federal. Outras candidatas que disputaram as eleições pelo partido no ano passado confirmaram o que a colega de legenda informou às autoridades.
Conforme Cleuzenir, que vive hoje no exterior por, segundo a ex-candidata, medo de permanecer no Brasil, assessores de Marcelo Álvaro exigiram que ela repassasse recursos que recebeu de fundo partidário para pagamento de outras despesas que não de sua campanha.
Deputada relata ameaça
A deputada federal Alê Silva (PSL-MG) acusou no sábado o ministro do Turismo de tê-la ameaçado de morte e também de prometer acabar com sua carreira política. A parlamentar conta que soube que ele teria afirmado a alguns parlamentares do PSL que "iria usar de toda a sua influência como ministro e dentro do próprio partido para acabar com ela". O ministro negou as acusações.
À reportagem, ela não apresentou provas das possíveis ameaças e disse que foi informada também por interlocutores que Marcelo Álvaro estaria com "ódio mortal" dela após descobrir que foi a congressista que havia passado as informações sobre candidaturas fraudulentas ao Ministério Público, por meio de uma associação.