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Dados sigilosos sobre Previdência ameaçam votação nesta terça na CCJ

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que essas informações serão liberadas apenas na quinta-feira (25/4), após a votação na Comissão de Constituição e Justiça

Correio Braziliense
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postado em 22/04/2019 19:24
foto do presidente da camara rodrigo maia (demr-j)
A votação do parecer da admissibilidade da reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados corre o risco de terminar em impasse nesta terça-feira (23/4). Isso porque a oposição exige que dados considerados sigilosos referentes à proposta sejam entregues antes da próxima reunião. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que as informações serão liberadas apenas na quinta-feira (25/4), após a votação na CCJ.
"A CCJ é uma comissão apenas de admissibilidade. Conversei com o secretário especial de Previdência, Rogério Marinho, e ele vai apresentar nesta quinta-feira, 24 (na verdade, quinta-feira é dia 25), os números que embasam a proposta antes da instalação da comissão especial", escreveu Maia no Twitter.
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Na semana passada, o Ministério da Economia revelou que colocou dados referentes à reforma em sigilo. Além das informações não estarem disponíveis ao cidadão, a pasta negou o pedido da Folha de S Paulo de obtê-las por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
O líder da oposição, Alessandro Molon (PSB-RJ), repudiou a decisão do governo. "Não é razoável pedir aos parlamentares para se votar às escuras. O governo diz que tem números, fala de uma economia necessária de R$ 1 trilhão, mas se recusa a mostrar os dados que fundamentam isso. O que é que o governo tem a esconder?", questionou.
Também pelo Twitter, Rogério Marinho confirmou que os dados serão revelados após a CCJ. "Os estudos que embasam a proposta estão descritos na exposição de motivos. Há dois meses, venho repetindo que dados desagregados serão apresentados na comissão especial", escreveu no microblog. "Daremos informações em um nível de transparência muito maior que em todos os governos anteriores. Nenhuma pergunta ficará sem resposta", completou.

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