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Lewandowski proíbe entrada de jornais em entrevista exclusiva de Lula

A Superintendência do Paraná da Polícia Federal havia autorizado a entrada de jornalistas de outros veículos para acompanhar as entrevistas exclusivas

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski proibiu, nesta quinta-feira (25/4), a entrada de outros veículos, autorizada pela Superintendência do Paraná da Polícia Federal, na entrevista exclusiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos jornais Folha de S. Paulo e El País. A entrevista está marcada para esta sexta-feira (25/4).

Com a decisão publicada, o ministro restringiu exclusivamente aos profissionais da imprensa que foram autorizados pelo ex-presidente. Ou seja, apenas aos jornalistas Mônica Bérgamo e Florestan Fernandes, da Folha de S. Paulo e do El País, respectivamente. "Está vedada a participação de quaisquer outras pessoas, salvo as equipes técnicas destes, sempre mediante a anuência do custodiado", esclarece no despacho.

De acordo com informações divulgadas pela assessoria de Lula em suas redes sociais e no site do político, a Superintendência do Paraná da Polícia Federal autorizou a entrada de jornalistas de outros veículos para acompanhar as entrevistas exclusivas. O Correio procurou a Superintendência da PF, mas até o momento de publicação desta reportagem não obteve retorno.

De acordo com nota publicada no site oficial do ex-presidente, a decisão da PF "viola primeiro a decisão do Supremo, já que as entrevistas devem acontecer com anuência do ex-presidente, e também os jornalistas, a prática e a ética jornalística ao permitir que profissionais de outros veículos assistam entrevistas exclusivas", diz a postagem.

Entenda o caso

Ambos os veículos tentavam a entrevista desde a época das eleições, porém a Justiça Federal do Paraná negou os pedidos na época. A controvérsia começou após após os jornais recorrerem ao STF para a autorização das mesmas.
Após uma guerra de liminares entre os ministros do Supremo, Toffoli revogou na última quinta-feira (18/4), a decisão de Luiz Fux, que suspendeu uma liminar do ministro Ricardo Lewandowski, que autorizava o petista a ser entrevistado.